Outubro Rosa: Revista em casa por 9,90
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Quando é que se indica uma cirurgia para dor nas costas?

Decisão envolve avaliação especializada e individualizada. Neurocirurgião explica o que se leva em conta e que casos são resolvidos de outras formas

Por Marcelo Valadares, neurocirurgião*
8 jul 2021, 19h03
foto de coluna lombar de mulher aparentando dor nas costas
Tratamento de dores nas costas engloba ajustes na rotina e na postura, remédios, fisioterapia e cirurgia.  (Foto: Eduardo Svezia/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

A necessidade de intervenção cirúrgica na coluna sempre gera medos, incertezas e muitas dúvidas aos pacientes que já estão sofrendo com dores e muitas vezes impossibilitados de realizar atividades rotineiras por causa da condição. Mas será que esses procedimentos são, de fato, motivo para tanto receio e indispensáveis para que as pessoas voltem a ter qualidade de vida? Muitos mitos acerca do tema ainda precisam ser esclarecidos.

Quando questionado sobre a necessidade de cirurgia, costumo destacar quanto o organismo é naturalmente perfeito e capaz de se regenerar sozinho. Nem todos os pacientes irão precisar de uma operação para se livrar das dores nas costas. A maior parte dos problemas tem origens musculares, inflamatórias e pontuais, e acontecem em razão de má postura ou mau jeito.

São situações que, em geral, duram poucos dias e podem ser solucionadas com medicamentos ou terapias complementares, como acupuntura e fisioterapia, segundo orientação médica. As cirurgias são indicadas para casos bem específicos, extremos ou quando os tratamentos prévios já não são eficazes.

A hérnia de disco, por exemplo, é uma doença relativamente comum no país — afeta mais de 5,4 milhões de brasileiros —, costuma causar dores mais amenas e dificilmente tem um desfecho cirúrgico. Cerca de nove a cada dez pacientes com dores causadas pelo quadro não precisam de cirurgia. Se os sintomas são leves e tiverem curta duração, o tratamento segue outro rumo.

Continua após a publicidade

Como qualquer condição de saúde, no entanto, existem exceções. Quando o paciente tem dores intensas por meses ou até mesmo anos, sensação de incapacidade diante das atividades diárias, entre outros riscos e entraves, o médico tem razões para considerar um procedimento cirúrgico. Um bom especialista irá avaliar caso a caso, com dedicação.

Também não é possível afirmar se uma técnica cirúrgica é superior a outra. Cada caso requer análise personalizada. Um cirurgião experiente domina todas as técnicas e deve saber escolher o melhor para o paciente que necessita de uma intervenção.

Continua após a publicidade

É importante destacar que as cirurgias de coluna não são necessariamente invasivas com longos períodos de recuperação e sofrimento. Com as novas tecnologias, os procedimentos estão cada vez mais minimamente invasivos, o que significa tempo reduzido de internação, menor incidência de complicações e retorno às atividades cotidianas o mais breve possível.

Outro dessossego dos pacientes é acreditar que a cirurgia resultará na perda de movimentos. A medicina evoluiu na última década. Existem protocolos e diretrizes internacionais chanceladas pelas associações médicas que são seguidas pelos cirurgiões responsáveis. Por isso, é recomendável que os pacientes busquem pelo histórico do médico consultado, confirmem se ele é membro de sua respectiva sociedade médica e procure mais de uma opinião. Como toda intervenção cirúrgica, a de coluna não foge à regra e pode envolver complicações.

O fato é que as pessoas não devem ficar com dor e optar pela automedicação. Além de não sanar a causa do problema, existe uma série de riscos nesse comportamento. Por isso, converse com o seu médico e siga as recomendações. Cada paciente é único, merece atenção e tratamento adequado. Lembre-se: as dores de coluna têm, sim, solução!

Continua após a publicidade

* Marcelo Valadares é neurocirurgião, médico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.