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Como preservar a fertilidade de mulheres em tratamento contra o câncer

Esse cuidado não só é importante para a qualidade de vida de quem quer ter filhos como já se tornou uma extensão do tratamento oncológico

Por Daniel Suslik Zylbersztejn, urologista e especialista em reprodução humana*
21 mar 2022, 18h47
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  • Você já ouviu falar em oncofertilidade? Caso nunca tenha escutado, não se preocupe, pois você provavelmente faz parte da maioria da população. A oncofertilidade é uma especialidade médica mais recente focada na manutenção do potencial fértil de homens e mulheres em idade reprodutiva que enfrentam um câncer.

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    No passado, o objetivo maior de um tratamento oncológico era a cura completa da doença, muitas vezes às custas de sequelas irreparáveis à saúde, gerando uma grave perda na qualidade de vida, tanto no âmbito físico como no mental e social. Um dos efeitos colaterais da terapia era a infertilidade.

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    Hoje, o objetivo do tratamento é muito mais amplo: além da cura, visa à manutenção da qualidade de vida nos seus mais variados aspectos, incluindo a possibilidade de constituição de uma família, algo, que para muitos pacientes, é a expressão máxima da plenitude da vida.

    Estima-se que o prejuízo à fertilidade possa afetar entre 25% e 60% dos pacientes com câncer, decorrente da própria doença ou pela terapia instituída.

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    Nos últimos anos, vêm ocorrendo uma maior efetividade nos tratamentos com químio e radioterapia, o que permite ampliar as chances de sobrevivência de adultos em idade fértil.

    Apesar desses avanços, a toxicidade inerente a alguns tratamentos ainda coloca em risco o potencial de fertilidade em adultos jovens, comprometendo de forma parcial ou completa as funções de glândulas como os ovários e os testículos.

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    Por essas e outras, a infertilidade tem sido considerada o efeito adverso de longo prazo mais prevalente no tratamento oncológico, afetando não apenas a parte reprodutiva, mas também trazendo prejuízos para o bem-estar geral. Diante disso, a questão não pode ficar de fora do plano de enfrentamento do câncer.

    Apesar de todo esse conhecimento, o aconselhamento sobre fertilidade, no momento da programação do tratamento, ainda não é uma realidade em boa parte dos serviços de oncologia.

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    Alguns motivos ajudam a explicar essa situação, entre eles o estresse e a ansiedade dos pacientes (e dos médicos) em iniciar logo a terapia, não perdendo tempo com a doença, e a falta de acesso a centros de medicina reprodutiva.

    Nesse cenário, cabe aos especialistas em reprodução humana explicar as possibilidades e técnicas existentes para preservar a fertilidade de acordo com as particularidades de cada paciente.

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    A criopreservação de espermatozoides, o congelamento de óvulos, de embriões e de tecido ovariano estão entre as opções disponíveis e clinicamente aceitas para a proteção reprodutiva.

    Infelizmente, esses tratamentos não são contemplados pelo SUS ou pelos convênios particulares, ficando a cargo do próprio paciente os custos relacionados.

    A oncofertilidade surgiu com a ideia de beneficiar milhares de pacientes que desejam ampliar a família. Para isso acontecer, porém, é necessário melhorar a interação entre os setores de oncologia e medicina reprodutiva e trabalhar pelo maior acesso a quem precisa de apoio nesse momento.

    * Daniel Suslik Zylbersztejn é coordenador médico do Fleury Fertilidade e PhD em Reprodução Humana

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