Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Nova vacina contra a dengue resgata esperança do Brasil frente à doença

Imunizante demonstrou eficácia na prevenção da doença e aguarda aval da agência regulatória para contribuir com o controle da dengue no país

Por Abner Lobão, diretor médico da Takeda no Brasil*
Atualizado em 11 jun 2021, 10h20 - Publicado em 10 jun 2021, 14h39
foto de vacina
Vacina criada pela farmacêutica Takeda provou-se eficaz na prevenção da dengue em pacientes com ou sem infecção prévia.  (Foto: GI/Getty Images)
Continua após publicidade

Enquanto travamos uma batalha contra o novo coronavírus, outro inimigo continua sendo uma ameaça à nossa saúde pública: a dengue.

Os primeiros casos no país foram registrados no final dos anos de 1800. Tempos depois, o Brasil, que chegou a erradicar a doença entre 1955 e o fim da década de 1960, voltou a enfrentar esse desafio, que segue se multiplicando, tal como se alastra o vetor do vírus, o mosquito Aedes aegypti.

Considerando que não existe tratamento específico e que o controle do vetor tem se mostrado uma medida insuficiente, a chegada de uma nova vacina seria uma das únicas maneiras eficazes de prevenir e controlar a dengue.

Os números dão uma ideia do tamanho do problema e da importância da prevenção em nosso país. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o Brasil registrou cerca de 1,5 milhão de casos em 2020. Na avaliação da entidade, os números são considerados “acima do esperado” nas Américas para um ano de isolamento social imposto pela Covid-19, quando caiu a circulação das pessoas e, assim, diminuíram algumas condições favoráveis à proliferação dos focos de transmissão, como acúmulo de lixo em lugares públicos.

ilustração do mosquito da dengue
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma doença que causa grande preocupação no Brasil. (Ilustração: Cassio Bittencourt/SAÚDE é Vital)
Continua após a publicidade

Por outro lado, a organização considera a possibilidade de a pandemia ter contribuído para uma subnotificação de casos de dengue nas regiões endêmicas, incluindo o Brasil. Há ainda o impacto econômico da doença. O custo associado ao manejo da dengue por aqui é o maior das Américas, correspondendo a 42% dos gastos totais no continente. O investimento total no combate ao vetor atingiu 1,5 bilhão de reais em 2016, segundo estudo sobre o impacto das arboviroses.

Muito além das estatísticas, a dengue é uma doença que pode desde passar despercebida até apresentar complicações e levar à morte, caso não haja atendimento médico ágil e especializado. Embora a maioria dos casos seja assintomático (75%), infecções secundárias por sorotipos virais diferentes aumentam consideravelmente o risco de formas graves da doença, uma vez que cada infecção por um dado sorotipo só irá conferir proteção vitalícia para o mesmo sorotipo.

Assim, não é de hoje que se busca um imunizante efetivo contra a dengue. E, felizmente, chegamos ao desenvolvimento de uma nova vacina capaz de conferir proteção a pessoas de 4 a 60 anos, expostas ou não ao vírus previamente. Essa vacina foi construída a partir do próprio vírus, que foi enfraquecido e modificado para que, ao entrar em nosso organismo, promova proteção sem provocar sintomas.

Continua após a publicidade

De acordo com os estudos clínicos, a eficácia geral contra casos de dengue confirmados foi de 80,2%, doze meses após a aplicação da segunda dose. Ainda mais expressiva foi a a eficácia de 90,4% contra hospitalizações e de 85,9% contra a dengue hemorrágica, em acompanhamento de 18 meses. Todos esses dados estão sendo analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para registro do imunizante.

Avaliando o impacto na saúde dos brasileiros e o investimento necessário para ações de controle e tratamento dos doentes, não há dúvidas sobre quanto uma vacina disponível de forma abrangente traria um potencial benefício para nossa sociedade, tanto do ponto de vista sanitário como social e econômico. Afinal, como diz o ditado: melhor prevenir do que remediar. Sempre!

* Abner Lobão é diretor médico da Takeda no Brasil

Continua após a publicidade

C-ANPROM/BR/DENV/0004 – junho/21 – material destinado ao público geral

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.