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Não, seu prazer não tem prazo de validade

Em resposta a comentário da atriz Grazi Massafera, duas mulheres apontam como o sexo também é assunto para quem passou pela menopausa

Por Carla Moussalli e Márcia Cunha, da empresa Plenapausa*
26 abr 2024, 16h31
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Apesar dos efeitos da menopausa, a vida sexual não tem prazo de validade (Foto: Freepik/Divulgação)
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“Tenho minha libido lá em cima, estou na idade da loba. Daqui a pouco vem a menopausa, deixa eu aproveitar”, disse Grazi Massafera, uma atriz premiada, que coleciona papéis de sucesso em novelas e tem mais de 26 milhões de seguidores nas redes sociais. Essa frase deixa claro que, apesar de ser algo absolutamente natural e pelo qual todas as mulheres cisgênero vão passar, falar de menopausa causa incômodo e, por falta de informação, a reprodução de clichês.

De acordo com uma pesquisa da revista médica Menopause, 78% das mulheres nessa fase tem um parceiro íntimo e 40%, uma vida sexual ativa. Desmistificar a menopausa é essencial para combater esses mitos – e isso só é possível ao promover uma compreensão holística desse período da vida, ao empoderar as mulheres a assumirem o controle de sua saúde sexual e buscarem apoio, quando necessário.

É importante compreender que as mudanças físicas e hormonais que ocorrem nessa fase podem afetar a libido de algumas mulheres, mas isso não significa o fim do sexo. Existem uma variedade de tratamentos e abordagens disponíveis que ajudam a lidar com os sintomas e manter uma vida sexual saudável.

+ Leia também: Como fica a sexualidade na menopausa

E, para provar que libido – e sexo – não dependem só de hormônios, um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta um “apagão sexual” entre jovens de até 25 anos. Os dados mostram que 19% delas e 31% deles não tiveram relações nos 12 meses anteriores à pesquisa.

Ainda que o climatério seja um período desafiador para as mulheres, com reflexos na libido, isso não quer dizer que sua vida sexual tem prazo de validade. O tratamento existe e, além da reposição hormonal, é possível fazer uma abordagem interdisciplinar com psicólogo, psiquiatra, terapeuta ou educador sexual.

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Apesar de não ser um assunto muito falado, é comum que mulheres tenham uma vida sexual ainda mais satisfatória depois da menopausa. Afinal, com a chegada da maturidade, há um conhecimento maior do próprio corpo e, como resultado, maior autoconfiança para manter e até melhorar a qualidade do prazer.

É essencial desafiar ativamente os mitos da menopausa e promover uma compreensão mais ampla e inclusiva da sexualidade feminina. Isso envolve se educar sobre os fatos científicos do tema e combater estereótipos prejudiciais em relação à idade e ao gênero. Somente assim podemos ajudar a garantir que todas possam desfrutar de uma vida sexual saudável e satisfatória em diferentes momentos da vida.

*Carla Moussalli e Márcia Cunha são fundadoras da Plenapausa, uma e​​mpresa que visa levar informação, cuidado e tratamento para mulheres.

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