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Exames de imagem podem ajudar a rastrear o câncer de próstata

Tomografia computadorizada, ressonância magnética e outros exames auxiliam na detecção e no monitoramento deste tipo de tumor

Por Thais Caldara Mussi de Andrade Gobbo, médica radiologista*
Atualizado em 22 nov 2023, 09h53 - Publicado em 22 nov 2023, 09h49

O câncer de próstata é um problema de saúde pública, por ser o mais comum e o segundo em número óbitos entre homens no Brasil, com estimativa de 116 mil novos casos em 2025 no país.

A prevalência desses tumores aumenta com a idade, e o seu diagnóstico precoce, usualmente quando ainda está assintomático, impacta na escolha do melhor tratamento, com taxas de cura superiores a 90%.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que os homens a partir dos 50 anos de idade consultem um urologista para o rastreamento individualizado do câncer de próstata que deve ser iniciado mais precocemente nos indivíduos com histórico familiar ou homens negros — ambos têm mais chances de desenvolvimento da doença.

+Leia também: Entenda o debate sobre o rastreamento do câncer de próstata no Brasil

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Para os pacientes com mais de 75 anos, é recomendado manter a estratégia quando a expectativa de vida for superior a 10 anos.

O rastreamento é usualmente feito por meio do exame de toque retal e pela dosagem do PSA.

Com o toque retal, o médico pode palpar alterações da glândula que sejam suspeitas, entretanto, alguns tumores podem não ser sentidos ao toque.

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Já a dosagem do PSA no sangue avalia a quantidade de uma proteína produzida pela próstata. Sua elevação, porém, pode ocorrer não só em pacientes com tumores malignos, mas também naqueles com outros problemas, como próstata aumentada, nódulos benignos ou processos inflamatórios/infecciosos.

Em casos ainda menos comuns, pacientes com tumores podem apresentar valores de PSA dentro da normalidade.

Nesse sentido, alguns métodos de imagem são utilizados para complementar a avaliação da glândula:

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Ressonância magnética

Exame seguro, pouco invasivo (requer a injeção de contraste na veia), sem uso de radiação e realizado em cerca de 30 minutos. Funciona como método complementar aos usuais, com elevadas taxas de detecção desse tipo de câncer – pode chegar até 90-95%.

A ressonância é utilizada de maneira rotineira por urologistas e oncologistas. E, sempre que possível, deve ser feita antes da realização da biópsia, pois, além de guiá-la e aumentar a detecção do câncer, também diminui o número de biópsias desnecessárias.

PET com PSMA

Exame que avalia a expressão do antígeno de membrana específico da próstata (PSMA), proteína que usualmente é aumentada de maneira anormal quando há tumores na região.

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Na maioria das vezes, este exame é realizado em pacientes que já tenham sido submetidos a um tratamento oncológico e que apresentem suspeita de recidiva.

+ Leia também: Três novidades no combate ao câncer de próstata

Entretanto, em algumas circunstâncias específicas, pode ser realizado em pacientes que apresentem suspeita para a doença, aumentando a sensibilidade para a detecção destes tumores, especialmente quando é realizado com a ressonância magnética (PET-RM com PSMA).

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Ultrassonografia

Exame seguro, não invasivo e sem uso de radiação. Permite avaliar com precisão o peso da próstata e as paredes da bexiga, assim como identificar a eventual presença de nódulos benignos de hiperplasia.

Também pode calcular o volume de resíduo de urina após a micção, que pode ser impactado pela próstata. Porém, apresenta baixa sensibilidade para a detecção do câncer, mesmo por via transretal.

Tomografia computadorizada

Não deve ser utilizada para avaliação da próstata rotineiramente. É o método realizado para o estadiamento dos pacientes sabidamente com tumores, para verificar se há acometimento de outros órgãos.

O ideal é que o paciente em rastreamento, com suspeita ou diagnóstico confirmado de câncer de próstata, seja sempre avaliado por um urologista com o apoio do radiologista.

A escolha do método de imagem mais indicado para sua avaliação, assim como o seguimento e eventual tratamento, devem ser realizados de maneira individualizada e personalizada, de modo a preservar sua qualidade de vida.

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*Thais Caldara Mussi de Andrade Gobbo, coordenadora da radiologia abdominal do Einstein

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