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Desvendando o biohacking: entenda as possibilidades de melhoria humana

Uma abordagem inovadora para otimizar a saúde e o desempenho através da tecnologia e da biologia

Por Ricardo Di Lazzaro, mestre em aconselhamento genético e genômica humana
14 jun 2023, 10h21
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Biohacking é um campo cheio de possibilidades, mas nem tudo tem evidências científicas sólidas (VEJA Saúde/SAÚDE é Vital)
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O biohacking é movimento muito interessante que combina conceitos de biologia, tecnologia e autocuidado para otimizar o funcionamento e desempenho do corpo humano e, assim, alcançar um estado de saúde melhor, com mais bem-estar. 

A ideia é “hackear” a biologia humana. E isso pode ser alcançado com várias abordagens, cada uma com diferentes níveis de evidência científica. 

As técnicas podem incluir mudanças na dieta, exercícios físicos, suplementação, monitoramento do corpo, meditação, uso de dispositivos tecnológicos e até mesmo, no futuro, modificações genéticas.

Trata-se de uma tendência que vem ganhando cada vez mais relevância e pode mudar a realidade da saúde e da longevidade como vemos hoje.

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Embora pareça uma realidade distante – e até um pouco distópica – , algumas das abordagens já são bastante vistas em nosso presente e variam de acordo com as metas e objetivos de cada indivíduo. 

Possibildades do biohacking

Quando falamos em melhoria no desempenho físico e mental, o biohacking tem como objetivo levar o indivíduo a conquistar aumento da energia, concentração, resistência física e capacidade de recuperação baseados em características individualizadas.

O mesmo acontece quando o assunto é prevenção de doenças, em que o uso do biohacking incentiva um estilo de vida equilibrado, com ênfase em uma dieta balanceada, exercícios regulares e hábitos saudáveis. 

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A ideia é interferir em fatores que podem ajudar na prevenção de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e obesidade.

+ Leia também: Cinco tecnologias que estão determinando o futuro da saúde

Mapeamento genético

O mapeamento genético pode ser um aliado na jornada para “hackear a biologia”. Por exemplo: um levantamento divulgado recentemente pelo Laboratório Genera, realizado a partir de mais de 200 mil DNAs analisados, verificou que pessoas com mais de 45 anos consideradas de alto risco pelo teste genético apresentam um aumento de 150% na propensão de desenvolver a diabetes, quando comparadas a indivíduos de baixo risco. 

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Com testes genéticos também é possível obter informações individualizadas a respeito de propensão para cânceres e doenças crônicas, aspectos nutricionais e como o corpo reage à prática de atividade física. 

O impacto de alguns desses testes na vida real ainda está sendo estudado pela ciência, mas eles podem dar pistas sobre a prevenção de doenças e o funcionamento do próprio corpo. Para isso, é fundamental que os exames sejam avaliados por profissionais de saúde qualificados. 

Em outra pesquisa realizada pelo laboratório, mais de 70% dos consumidores tomaram alguma atitude a partir dos resultados da análise genética, principalmente relacionados à melhoria na alimentação e a busca por um médico ou profissional de saúde.

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O  futuro do biohacking 

Com o avanço na compreensão dos mecanismos de deterioração do corpo e células e o rápido progresso científico, pode-se esperar que técnicas de biohacking sejam desenvolvidas para retardar o processo de envelhecimento e aumentar a expectativa de vida saudável. 

Traçando uma jornada para um futuro palpável, existem várias áreas de foco dentro do campo do biohacking que contribuem para essa realidade. Algumas delas incluem:

  • Nutrição: a alimentação é uma parte fundamental do biohacking. Os biohackers podem explorar diferentes dietas, como a dieta mediterrânea ou a alimentação baseada em plantas, para encontrar a que melhor se adapta às suas necessidades e objetivos de saúde.
  • Monitoramento biométrico: o monitoramento regular de parâmetros biológicos, como frequência cardíaca, níveis de glicose, qualidade do sono e atividade cerebral, permite que os biohackers acompanhem seu progresso e façam ajustes em suas práticas com base nos dados obtidos.
  • Exercício e condicionamento físico: a prática de biohacking também envolve a otimização do condicionamento físico. Isso pode incluir técnicas de treinamento de alta intensidade, como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), o uso de dispositivos de rastreamento de atividade e a incorporação de estratégias de recuperação.
  • Cérebro: Pesquisas em neurociência e no campo da estimulação cerebral podem levar ao desenvolvimento de técnicas de biohacking que melhorem a função cognitiva, como a memória, concentração e aprendizado.
  • Genética: No futuro, terapias gênicas podem corrigir mutações genéticas associadas a doenças hereditárias e melhorar características físicas e mentais.

Muito do que a prática de biohacking imagina para o futuro é poder conhecer melhor o genoma humano, encontrar seus aspectos de melhoria e interferir neles. O sequenciamento do genoma é apenas um começo. 

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É importante destacar que o campo do biohacking é diverso, e as práticas e abordagens podem variar de acordo com cada indivíduo. Antes de embarcar em qualquer empreitada, é essencial buscar informações confiáveis, consultar profissionais de saúde qualificados e considerar suas próprias necessidades e limitações.

*Ricardo Di Lazzaro é mestre em aconselhamento genético e genômica humana (USP) e co-fundador da Genera, empresa especializada em testes genéticos.

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