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Como é feito o diagnóstico de TDAH?

Neurologista e psicóloga explicam aspectos fundamentais da investigação do transtorno em crianças, adolescentes e adultos

Por Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztein, psicóloga, e Rubens Wajnsztejn, neurologista*
13 jul 2023, 12h15

O TDAH é a sigla para transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. É um transtorno neurobiológico comum, que afeta crianças, adolescentes e adultos.

É caracterizado por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade que interferem no funcionamento diário e no desenvolvimento pessoal, impactando a vida do indivíduo.

O TDAH se apresenta com sinais e sintomas diferentes de acordo com a faixa etária.

Além dos quadros mais característicos, ele também pode causar dificuldades emocionais, como baixa autoestima, ansiedade e problemas nos relacionamentos.

Principais apresentações do TDAH

Veja como o transtorno pode se manifestar:

Predominantemente desatento: Pessoas com essa apresentação têm dificuldade em prestar atenção a detalhes, são facilmente distraídas, têm problemas em seguir instruções, perdem objetos com frequência e são desorganizadas.

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Predominantemente hiperativo/impulsivo: Indivíduos nessa categoria são energeticamente ativos, têm dificuldade em ficar sentados, falam muito, têm dificuldade em esperar a vez em situações sociais e agem impulsivamente sem considerar as consequências.

Combinado: Essa apresentação envolve a presença tanto de sintomas de desatenção quanto de hiperatividade/impulsividade.

+ Leia também: TDAH: há uma epidemia por aí?

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do TDAH é feito por profissionais qualificados, como neurologistas ou psiquiatras, psicólogos e neuropsicólogos, seguindo critérios específicos dos manuais de diagnóstico.

A investigação precisa ser feita em etapas:

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1) Avaliação clínica

Avaliação completa, incluindo entrevistas detalhadas com o indivíduo e, no caso de crianças, com os pais/familiares/professores

O objetivo é obter informações sobre o desenvolvimento motor, linguagem, pedagógico e social, bem como levantar sinais e sintomas observados no desenvolvimento.

O histórico médico, relatórios escolares e multidisciplinares do desenvolvimento e impacto funcional na vida diária, são aspectos fundamentais aqui.

2) Critérios diagnósticos

Utilização de critérios diagnósticos estabelecidos em manuais reconhecidos, como o DSM-5-TR ou CID-10/CID-11.

Esses critérios fornecem uma descrição detalhada dos sintomas necessários para diagnosticar o TDAH e possíveis comorbidades associadas.

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3) Avaliação dos sintomas

Profissionais avaliam a presença e a gravidade de desatenção, hiperatividade e impulsividade por meio de questionários, escalas e observação manifesta do comportamento.

4) Exclusão de outras condições médicas

É importante descartar condições médicas ou psiquiátricas similares com exames complementares ou avaliações adicionais.

5) Avaliação do impacto funcional

O especialista verifica o impacto dos sintomas do TDAH na vida diária, como desempenho acadêmico, relações pessoais e funcionamento profissional.

6) Consideração do histórico

Histórico pessoal e familiar são levados em conta, incluindo desenvolvimento infantil, vida escolar, problemas emocionais e presença de TDAH em familiares próximos.

É importante ressaltar que o diagnóstico de TDAH deve ser feito por profissionais de saúde experientes e qualificados, preferencialmente por equipe multidisciplinar, levando em consideração a avaliação abrangente dos sintomas e do impacto funcional.

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Tratamento

O tratamento é multidisciplinar e envolve terapia comportamental, orientação educacional, adaptações pedagógicas, suporte psicossocial e, em alguns casos, medicamentos específicos.

Cada pessoa é única, e o tratamento é adaptado às suas necessidades individuais.

*Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztein, psicóloga, psicopedagoga, neuropsicóloga, especializada em neuroaprendizagem. É diretora do Instituto ABCWRW e coordenadora do NEAFMABC, centro de referências de avaliação interdisciplinar multiprofissional dos transtornos do neurodesenvolvimento da Faculdade de Medicina do ABC.

*Rubens Wajnsztejn, médico formado pela USP, neurologista infantil, mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIFESP e Doutor pelo Centro Universitário Medicina ABC. É orientador permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina do ABC.

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