Relâmpago: Revista em casa a partir de 10,99
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Como é feito o diagnóstico de TDAH?

Neurologista e psicóloga explicam aspectos fundamentais da investigação do transtorno em crianças, adolescentes e adultos

Por Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztein, psicóloga, e Rubens Wajnsztejn, neurologista*
13 jul 2023, 12h15
TDAH-diagnostico
Diagnóstico do TDAH não deve ser banalizado  (VEJA Saúde/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

O TDAH é a sigla para transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. É um transtorno neurobiológico comum, que afeta crianças, adolescentes e adultos.

É caracterizado por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade que interferem no funcionamento diário e no desenvolvimento pessoal, impactando a vida do indivíduo.

O TDAH se apresenta com sinais e sintomas diferentes de acordo com a faixa etária.

Além dos quadros mais característicos, ele também pode causar dificuldades emocionais, como baixa autoestima, ansiedade e problemas nos relacionamentos.

Principais apresentações do TDAH

Veja como o transtorno pode se manifestar:

Predominantemente desatento: Pessoas com essa apresentação têm dificuldade em prestar atenção a detalhes, são facilmente distraídas, têm problemas em seguir instruções, perdem objetos com frequência e são desorganizadas.

Predominantemente hiperativo/impulsivo: Indivíduos nessa categoria são energeticamente ativos, têm dificuldade em ficar sentados, falam muito, têm dificuldade em esperar a vez em situações sociais e agem impulsivamente sem considerar as consequências.

Continua após a publicidade

Combinado: Essa apresentação envolve a presença tanto de sintomas de desatenção quanto de hiperatividade/impulsividade.

+ Leia também: TDAH: há uma epidemia por aí?

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do TDAH é feito por profissionais qualificados, como neurologistas ou psiquiatras, psicólogos e neuropsicólogos, seguindo critérios específicos dos manuais de diagnóstico.

A investigação precisa ser feita em etapas:

1) Avaliação clínica

Avaliação completa, incluindo entrevistas detalhadas com o indivíduo e, no caso de crianças, com os pais/familiares/professores

Continua após a publicidade

O objetivo é obter informações sobre o desenvolvimento motor, linguagem, pedagógico e social, bem como levantar sinais e sintomas observados no desenvolvimento.

O histórico médico, relatórios escolares e multidisciplinares do desenvolvimento e impacto funcional na vida diária, são aspectos fundamentais aqui.

2) Critérios diagnósticos

Utilização de critérios diagnósticos estabelecidos em manuais reconhecidos, como o DSM-5-TR ou CID-10/CID-11.

Esses critérios fornecem uma descrição detalhada dos sintomas necessários para diagnosticar o TDAH e possíveis comorbidades associadas.

3) Avaliação dos sintomas

Profissionais avaliam a presença e a gravidade de desatenção, hiperatividade e impulsividade por meio de questionários, escalas e observação manifesta do comportamento.

Continua após a publicidade

4) Exclusão de outras condições médicas

É importante descartar condições médicas ou psiquiátricas similares com exames complementares ou avaliações adicionais.

5) Avaliação do impacto funcional

O especialista verifica o impacto dos sintomas do TDAH na vida diária, como desempenho acadêmico, relações pessoais e funcionamento profissional.

6) Consideração do histórico

Histórico pessoal e familiar são levados em conta, incluindo desenvolvimento infantil, vida escolar, problemas emocionais e presença de TDAH em familiares próximos.

É importante ressaltar que o diagnóstico de TDAH deve ser feito por profissionais de saúde experientes e qualificados, preferencialmente por equipe multidisciplinar, levando em consideração a avaliação abrangente dos sintomas e do impacto funcional.

Tratamento

O tratamento é multidisciplinar e envolve terapia comportamental, orientação educacional, adaptações pedagógicas, suporte psicossocial e, em alguns casos, medicamentos específicos.

Continua após a publicidade

Cada pessoa é única, e o tratamento é adaptado às suas necessidades individuais.

*Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztein, psicóloga, psicopedagoga, neuropsicóloga, especializada em neuroaprendizagem. É diretora do Instituto ABCWRW e coordenadora do NEAFMABC, centro de referências de avaliação interdisciplinar multiprofissional dos transtornos do neurodesenvolvimento da Faculdade de Medicina do ABC.

*Rubens Wajnsztejn, médico formado pela USP, neurologista infantil, mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIFESP e Doutor pelo Centro Universitário Medicina ABC. É orientador permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina do ABC.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.