Cirurgia robótica: nova esperança no tratamento do câncer
Médico explica as vantagens desse procedimento e para quais tumores ele pode ser indicado
Quando indicado, o tratamento cirúrgico do câncer tem como objetivo a sua remoção completa, com o devido zelo para não deixar resíduos da doença e para ter a certeza da retirada de áreas onde o tumor pode se disseminar (áreas de metástase). Assim, nas fases iniciais do quadro, a cirurgia pode ser determinante para a cura.
Já em casos mais avançados, o tratamento cirúrgico pode reduzir o volume de células cancerosas (melhorando a qualidade de vida do paciente) e favorecer a ação da quimio e radioterapia, quando prescritas.
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Inclusive, o tratamento cirúrgico em conjunto com a quimio e da radioterapia constituem os três pilares no tratamento da doença.
As vantagens da cirurgia robótica
Trata-se de um procedimento de mínima invasão, capaz de proporcionar maior precisão, menor tempo de recuperação do paciente operado e menor cansaço da equipe no tratamento dos cânceres.
Isso se deve a alguns fatores:
+ As pinças do robô são articuladas e mimetizam os movimentos da mão humana;
+ A visão do cirurgião é em 4K e 3D;
+ Podemos realizar uma ampliação digital da imagem em quatro vezes
Tudo isso permite uma cirurgia de melhor qualidade para a remoção da doença, e com segurança máxima ao paciente.
Atualmente a cirurgia robótica pode tratar os cânceres:
+ Do trato digestivo: esôfago, estômago, intestino delgado, cólon e reto, fígado, pâncreas, vesícula biliar e baço;
+ Urológicos: próstata; rins, suprarrenal e bexiga;
+ Ginecológicos: útero, ovários e trompas;
+ Pulmonar
+ Cabeça e pescoço (tireoide e glândulas cervicais)
Quanto maior a complexidade do caso, melhor para a utilização da cirurgia robótica. Ela é uma poderosa ferramenta, que permite ampliar os sentidos e as ações do cirurgião.
No entanto, esse tipo de cirurgia requer um treinamento adequado e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Ela é muito segura e segue os mais rígidos protocolos de segurança, semelhantes à aviação civil.
Os riscos são inerentes às próprias cirurgias, assim como os cuidados também. Lembrando que, via de regra, a recuperação dos pacientes é mais acelerada em razão da menor agressão tecidual e da qualidade da dissecção dos órgãos.
*Leonardo Emilio é médico cirurgião geral, mestre e doutor em Cirurgia Geral, membro da Comissão de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Chefe de Equipe Cirúrgica do Hospital Israelita Albert Einstein – Unidade Goiânia