Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

As manifestações do coronavírus na pele

Dermatologista comenta o que se sabe até agora sobre os impactos da doença na pele e aponta cuidados com o uso de máscara e a limpeza das mãos

Por Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista*
Atualizado em 19 fev 2021, 11h08 - Publicado em 7 set 2020, 12h17
coronavirus sintomas na pele
Médicos já observaram manifestações da Covid-19 na pele. (Foto: GI/Getty Images)
Continua após publicidade

Quando os primeiros casos de coronavírus começaram a surgir no Brasil, tiveram início no consultório relatos de manifestações cutâneas que poderiam estar ligadas à infecção.

Em todo o mundo, médicos e pesquisadores descreviam, em diversos periódicos científicos, casos de diferentes tipos de erupções na pele entre pacientes com Covid-19. Elas apareciam nos pés, nas mãos, no tronco e na boca. A dúvida entre os especialistas era se realmente os episódios seriam provocados pelo vírus Sars-CoV-2.

As manifestações levantavam suspeitas pelo natural desconhecimento do novo agente infeccioso e suas consequências no organismo. Isso porque várias infecções virais podem desencadear erupção cutânea. O uso de medicamentos também é capaz de gerar uma reação adversa na pele. Outro fato que intrigava os médicos eram os diferentes tipos de lesões observadas.

Diante disso tudo, tentando afastar outras causas que não a viral, pesquisadores italianos realizaram um levantamento de casos com pacientes internados com Covid-19. Foram excluídos aqueles que haviam recebido novos medicamentos nas duas semanas anteriores ao diagnóstico.

Os médicos notaram que 20% dos casos apresentavam alterações cutâneas especialmente no tronco, como exantema maculopapuloso (erupção com área avermelhada), lesões urticariformes difusas (lesões avermelhadas e levemente inchadas) e vesículas varicela-símiles (bolinhas vermelhas), todas elas lesões que não causavam muita coceira. Não houve, porém, correlação entre essas manifestações cutâneas e a gravidade da doença em si.

Continua após a publicidade

Entretanto, situações consideradas mais severas, como uma espécie de queimadura gelada na pele e gangrena, foram associadas à progressão da Covid-19 e ao estado de hipercoagulação, caracterizado pela formação excessiva de coágulos sanguíneos em diversos órgãos e regiões do corpo, incluindo a pele.

Além das repercussões relacionadas diretamente à infecção, muito se discutiu na pandemia sobre as alterações cutâneas observadas nos profissionais de saúde devido à utilização prolongada dos equipamentos de proteção individual e à necessidade contínua de lavagem das mãos ou uso de álcool 70%.

As manifestações dermatológicas mais descritas entre os profissionais incluem coceira, eczema, macerações e fissuras nas mãos e nas regiões da face sujeitas à pressão da máscara, como dorso nasal e a área próxima ao maxilar e às orelhas. Casos de irritação severa nas mãos também têm sido relatados.

Continua após a publicidade

A prevenção desses problemas inclui secagem correta das mãos, uso de hidratantes, mudança periódica dos pontos de apoio da máscara e utilização de curativos não adesivos de silicone ou hidrocoloide nos pontos de maior pressão. Sob orientação médica, o tratamento pode envolver medicamentos tópicos.

O uso das máscaras de pano também gera reações adversas como acne e dermatite, pois a pele fica mais sensível e oleosa. O ambiente abafado, com respiração e liberação de saliva, é mais propício à proliferação bacteriana. Uma medida importante é manter a higienização, de manhã e à noite, com sabonetes específicos para acne. Nesses casos, é fundamental manter a aplicação diária do protetor solar e o uso de um secativo com antibiótico pode ser bem-vindo.

Já para as dermatites, que podem ocorrer pelo contato com o tecido ou com a umidade da saliva ácida, o cuidado principal é manter a higienização com sabonete para peles sensíveis, usar creme calmante ou água termal e o filtro solar. Na dúvida, consulte um dermatologista. Afinal, proteger a pele é proteger a saúde hoje e sempre.

Continua após a publicidade

* Dra. Adriana Vilarinho é dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.