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Acne não tem idade

Essa condição de pele é mais comum na adolescência, mas pode surgir em diferentes fases da vida – conheça os principais motivos

Por Aline Erthal, dermatologista*
30 jan 2024, 09h30
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Espinhas podem aparecer na vida adulta, inclusive pela primeira vez.  (Foto: Alex Silva/A2 Estúdio)
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A acne é um problema de pele extremamente comum, que afeta pessoas de diferentes idades. Muitas vezes associada à adolescência, ela pode persistir e até mesmo começar na fase adulta. Mas, em cada fase da vida, há peculiaridades.

A adolescência é realmente a fase em que a acne geralmente surge com mais intensidade. Isso ocorre devido às mudanças hormonais pelas quais os jovens passam nesse período.

O aumento da produção de hormônios masculinos, os andrógenos, pode levar ao aumento da atividade das glândulas sebáceas, à oleosidade excessiva da pele e à obstrução dos poros, resultando na formação de cravos e espinhas.

Mas a acne não é exclusiva da adolescência. Muitas pessoas enfrentam esse problema na idade adulta – às vezes, pela primeira vez.

A acne adulta pode estar relacionada a fatores hormonais, estresse, certos medicamentos e suplementos, ciclo menstrual e até mesmo produtos cosméticos inadequados.

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Em relação aos hormônios, vale ressaltar que, diferentemente da acne na adolescência, na idade adulta em geral não há aumento na produção hormonal, mas sim um aumento da sensibilidade das glândulas sebáceas a níveis normais de andrógenos.

+Leia também: Melanina: e se esse pigmento que dá cor e protege a pele virasse um creme?

Fato pouco conhecido é que a acne também pode estar presente na infância, apesar de ser mais rara. Bebês podem desenvolver o quadro por interferência de hormônios maternos transmitidos durante a gravidez, o que tende a ser transitório, sem a necessidade de tratamento.

Crianças também podem desenvolver acne, o que muitas vezes está relacionado a produção de hormônios pelas glândulas suprarrenais, a puberdade precoce ou a uma sensibilidade das glândulas sebáceas a esses hormônios.

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Por fim, os pré-adolescentes também podem desenvolver quadros de acne, que tem os mesmos desencadeantes da acne da adolescência.

Qualquer que seja a idade, o tratamento da acne envolve uma abordagem extremamente personalizada. Além de predisposição genética e fatores hormonais, a compreensão do estilo de vida de cada um é essencial para o sucesso da abordagem, seja com pomadas ou medicamentos via oral. Por isso, sempre consulte um dermatologista para acompanhar nesse processo.

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*Aline Erthal é dermatologista graduada pela Universidade de São Paulo (USP) e diretora médica da área de dermatologia da Omens, plataforma que trata da saúde masculina.

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