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A saúde das jogadoras de futebol feminino

Elas estão mais sujeitas a lesões no joelho e outras, mas a medicina do esporte e a fisioterapia estão se preparando para melhor atender as atletas

Por Jessica Fernandes, fisioterapeuta*
Atualizado em 29 jul 2023, 08h52 - Publicado em 29 jul 2023, 08h44

O futebol feminino hoje é uma realidade indiscutível, basta ligar a TV e assistir a um jogo da Copa do Mundo para comprovar. Mas nem sempre foi assim. Apesar de não ser o único, o caso do Brasil é um dos mais emblemáticos quando se trata da proibição às mulheres no futebol.

Isso porque, diferentemente de outros países, o governo não impediu apenas a existência de associações femininas no esporte, mas a prática da modalidade como um todo. O futebol feminino só foi devidamente regulamentado por aqui em 1983.

Desde então, a modalidade vem crescendo e se profissionalizando. O número de praticantes aumentou exponencialmente, e a busca pela melhor performance trouxe maior exposição às atletas. Isso resultou, por consequência, em um aumento no número de lesões.

+ Leia também: Ganho muscular é igual em treinos com carga alta ou mais repetições

As lesões entre elas

Os estudos na modalidade avançaram, e, nos últimos 20 anos, os números mostram não só que as mulheres estão se lesionando mais, mas em taxas maiores do que os homens.

No futebol, por exemplo, atletas do sexo feminino têm um risco quatro vezes maior de sofrer uma lesão ligamentar do joelho.

As lesões mais frequentes são as entorses de tornozelo, seguidas pelas de joelho, sendo a lesão do LCA (Ligamento Cruzado Anterior) a mais frequente desse segmento.

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E esses dados se extrapolam pra outras modalidades. Na corrida de rua, o índice é de um homem para sete mulheres lesionadas para a mesma intensidade e volume dos treinos.

Para o basquete, a taxa foi de 0,6 por 1.000 atletas mulheres em comparação com 0,07 por 1.000 atletas homens.

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Lesões mais frequentes são as entorses de tornozelo, seguidas pelas de joelho (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)

Por que elas se machucam mais?

Existem várias teorias para explicar a diferença.

Características anatômicas, neuromusculares, hormonais são alguns dos fatores que nos diferenciam e nos aproximariam dessas lesões.

Pesa também para isso o fato de a profissionalização do esporte ainda estar em andamento. Muitos clubes da série A, por exemplo, ainda não possuem estrutura suficiente pra prestar suporte físico adequado a essas atletas.

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+ Leia também: Pé (e suor) na areia – a moda dos esportes de praia

Prevenção é ação contínua

Independente da causa das lesões, o fato é que elas acontecem, e cada vez mais a medicina do esporte se direciona para tentar preveni-las.

Enxergar a prevenção como um conjunto de medidas, e não como uma ação específica, nos coloca em um cenário mais positivo.

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É tarefa de todos os profissionais envolvidos nos bastidores – comissão técnica, staff, departamento médico, preparadores físicos, equipe de performance – buscar soluções para reduzir o número de lesões.

Ter bons profissionais juntos nesse processo é fundamental.

Na fisioterapia, além de condutas focadas na recuperação, há um trabalho voltado a biomecânica do gesto esportivo, buscando, por meio da melhora do padrão motor, garantir a qualidade do movimento em situações de risco.

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Tais ações são imprescindíveis para manter a segurança e longevidade das nossas atletas.

*Jessica Fernandes, fisioterapeuta líder na Care Club – Ibirapuera, gestora dos cursos de especialização em Fisioterapia Esportiva do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do setor de Fisioterapia do Futebol Feminino Profissional do SPFC.

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