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A saúde cardíaca monitorada pela tecnologia sofisticada dos smartwatches

Um engenheiro conta como os relógios inteligentes de hoje podem ajudar na preservação da saúde cardiovascular

Por Por Augusto Hirao, engenheiro*
28 jul 2022, 15h59
smartwatch
Novos dispositivos já medem composição corporal e acusam alterações no ritmo cardíaco.  (Foto: GI/Getty Images)
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Muitas famílias buscam formas de acompanhar a saúde de seus entes queridos à distância, e os smartwatches são uma das melhores opções disponíveis no mercado. Isso por não serem invasivos – é só colocá-los no pulso – e por mostrarem informações que antigamente só seriam possíveis por meio de exames ou pela utilização de equipamentos desconfortáveis, como holters

O acompanhamento contínuo abre possibilidades de prevenção e mitigação de danos à saúde, antecipando situações que não teriam como ser descobertas sem os dispositivos vestíveis. Isso evita ou detecta precocemente riscos como fibrilação, taquicardia e problemas causados por quedas.  

A fibrilação atrial é caracterizada por um ritmo irregular de batimentos cardíacos. Nesse contexto, o relógio pode acusar a presença dessa anomalia ao realizar um eletrocardiograma (ECG). Sim, isso é possível – basta que a pessoa toque os eletrodos do sensor do relógio e permaneça imóvel por volta de 30 segundos. 

Além do ECG, smartwatches possuem o sensor de fotopletismografia, que permite inferir frequência cardíaca, pressão arterial e oximetria durante atividades cotidianas. Trata-se de uma técnica que emprega LEDs específicos, geralmente do tipo infravermelho ou verde, e fotossensores para capturar a luz refletida.

+Leia também: Exames laboratoriais demais e avaliações clínicas de menos

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Já o recurso de oximetria estima o nível de saturação de oxigênio (SpO2) do usuário. Alguns smartwatches usam a oximetria para registrar ocorrências de apneia, quando o nível de oxigenação da pessoa cai repentinamente durante o sono. Além disso, esse recurso pode ser utilizado para auxiliar a medir a evolução de casos de Covid-19.

Por fim, a detecção de quedas em geral baseia-se nas leituras de acelerômetros e giroscópios, que são os principais sensores para reconhecimento de movimentos. Algoritmos de aprendizado de máquina previamente treinados detectam a ocorrência de quedas, solicitam uma confirmação de que está tudo bem e, caso a pessoa não responda, emitem alertas a parentes, médicos ou serviços de emergência.

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Como toda inovação, as possibilidades oferecidas pelos smartwatches trazem diversos benefícios. É importante ressaltar que seus recursos não substituem um acompanhamento médico e os exames tradicionais, mas com certeza são bons aliados no cuidado preventivo da saúde.

*Augusto Hirao Shigueoka é doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador em inteligência artificial no Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia.

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