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Sim, existe fratura do pênis

A ideia parece assustadora - e de fato pode ser. Mas, afinal, como um órgão sem osso pode fraturar?

Por João Brunhara
18 mar 2024, 16h17
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A fratura de pênis, se não cuidada adequadamente, pode levar a complicações de longo prazo. (Ilustração: Jonatan Sarmento/Veja Saúde)
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Normalmente, quando falamos de uma fratura, pensamos em um osso quebrado no corpo. E de fato essa é a concepção mais usada da palavra. Só que, de forma mais ampla, fratura remete a qualquer quebra ou ruptura. Sendo assim, o pênis também pode sofrer uma fratura, porém só quando está ereto e rígido.

A fratura peniana consiste na ruptura de uma estrutura chamada túnica albugínea, que é o revestimento dos cilindros do pênis que produzem a ereção, os corpos cavernosos.

Durante a ereção, a túnica albugínea se encontra no seu grau máximo de estiramento e de tensão – e, com isso, um impacto nesse momento pode rasgar esse tecido. Como a fratura só acontece durante a ereção, praticamente todos os casos de fratura acontecem durante uma relação sexual (já que é raro ter um incidente com o pênis em ereção em alguma outra ocasião).

E como acontece uma fratura do pênis? O mecanismo da fratura é um traumatismo, geralmente causado pela saída do pênis durante a penetração, e uma entrada rápida com o ângulo errado ou mesmo fora do orifício. As posições que ocasionam a fratura são com a pessoa penetrada por cima, ou de quatro.

+Leia também: Câncer de pênis causa centenas de amputações por ano

Na hora, é comum escutar um clique e sentir dor. Logo a seguir o pênis começa a inchar e ficar escuro, com um hematoma. Há quem compare o aspecto do pênis fraturado com o de uma berinjela. 

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Nos casos em que isso acontece, o recomendado é procurar o pronto-socorro, onde será feito um ultrassom e será solicitada a avaliação de um urologista. Se a fratura for confirmada, o ideal é realizar uma cirurgia para correção: no procedimento, são eliminados os coágulos formados na fratura e a ruptura da túnica albugínea é corrigida com pontos. 

Quando existem outras consequências mais raras, como a ruptura da uretra (ou seja, do canal da urina), é necessário corrigir a uretra e permanecer com uma sonda urinária por duas semanas.

Em geral, são necessárias pelo menos seis semanas sem atividade sexual. Ter uma fratura do pênis traz riscos de médio e longo prazo, como disfunção erétil, uma cicatriz fibrosa no local da fratura ou até uma curvatura do pênis, causando a chamada doença de Peyronie

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Porém, todos esses riscos são mitigados quando a correção da fratura é feita em até 24 horas após o incidente. E sempre existe a possibilidade de tratamentos quando algum desses problemas acontecem.

Ou seja, por mais assustadora que seja a ideia de fraturar o pênis, esse evento está longe de ser o fim da vida sexual de quem sofreu o infortúnio. E, para evitar esse transtorno, o recomendado é sempre garantir condições ótimas de lubrificação, evitar a penetração com ereção parcial e tomar cuidado em especial nas posições de maior risco. 

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