Chegue Bem | Veja Saúde

Quando você pensa em dicas para chegar bem à velhice, o que surge em sua mente? Possivelmente, adotar uma alimentação rica em nutrientes, exercitar-se ou – quem sabe – realizar exames de rotina. Mas há algo que pode ser tão importante quanto e nem todos sabem: cultivar boas relações sociais.

Se pensarmos bem, isso não deveria ser nenhuma surpresa. O ser humano é um animal social e, como diria Aristóteles, o homem precisa de outros para se sentir pleno e feliz, já que “está em sua natureza o viver em sociedade”.

Em 2017, uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – São Paulo (SBGG-SP) apontou a solidão como o principal medo dos idosos brasileiros. Mais recentemente, um estudo publicado no periódico científico Annual Review of Public Health compilou evidências comprovando que as pessoas mais conectadas socialmente vivem mais, enquanto as mais isoladas ou solitárias têm maior risco de uma mortalidade precoce.

Em um famoso estudo da Universidade Harvard que avaliou o desenvolvimento adulto acompanhando 268 estudantes por quase 8 décadas, foi constatado que nossas relações e o quão felizes somos nelas têm um importante papel na saúde. Cultivar bons vínculos sociais ajuda a fortalecer o sistema imunológico (contribuindo, assim, para uma melhor resposta às vacinas) e a melhorar aspectos como o sono, saúde mental e mesmo o autocuidado. Construir conexões humanas ao longo de nossa vida é valioso.

Queremos chegar bem à velhice e não podemos fazer isso sozinhos. Familiares, amigos, vizinhos… Seja quem for, precisamos ter pessoas com quem conversar, desabafar, sorrir e até chorar. As relações humanas são complexas, mas também são fundamentais para a manutenção da qualidade de vida, para a saúde e até mesmo para envelhecer de bem com a vida!