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Esse é o blog de Patricia Julianelli, jornalista especialista em nutrição, esporte e qualidade de vida, além de apaixonada por comida e corrida de rua. Ela é autora do livro "Boca Livre - Comida e Boa Forma com Prazer e sem Neura" e apresentadora do quadro "Saúde em Movimento", da rádio CBN
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Eu marmito, tu marmitas, ele marmita: o hábito pegou

Dicas para que essas refeições se tornem especialmente nutritivas, saborosas... e práticas!

Por Patricia Julianelli
26 mar 2024, 12h11

Não existe um lado bom da pandemia e ninguém passa incólume por uma. Mas podem existir aprendizados, mudanças que vêm para o bem. Um hábito que vimos nascer em inúmeros lares foi o de preparar a própria comida.

Por opção ou falta dela, muita gente foi para a cozinha. E, assim que as coisas normalizaram, o costume já tinha deixado raízes, inclusive na hora de levar a refeição ao trabalho. Pode parecer algo banal de tão corriqueiro, mas cozinhar é um ato revolucionário.

Você se torna protagonista da sua alimentação e da sua saúde. Decide sabores, texturas, combinações. É você — e não a indústria ou o restaurante — que defne a quantidade de sal, gordura ou açúcar do prato, além da procedência dos ingredientes.

Eis um hábito que não deveria se perder com o tempo nem com as mudanças no modelo de trabalho. Enquanto uns vivenciam o esquema
híbrido — um pé no home offce, outro no escritório —, outros já voltaram totalmente ao presencial. E aí pode surgir o dilema: como
seguir no comando, desfrutando da nossa própria comida?

Ora, com as marmitas! Sim, marmitas. E não: elas não precisam ser sinônimo de sobrecarga ou tarefa extra.

Já está todo mundo cansado, eu sei. A ideia aqui é justamente organizar o fuxo e deixar o dia a dia menos corrido e mais nutritivo. Você
escolhe como marmitar.

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E existem várias estratégias, que podem ser combinadas ou alternadas, para dar conta dos seus planos. A primeira delas é o que chamo
de “Já tiro da frente”. Aqui, você reserva o sábado ou o domingo para cozinhar para a semana toda.

Tem que topar passar uma parte de um dia de folga cozinhando. Que tal aproveitar o momento para curtir um som e a própria companhia? Você pode deixar uma parte da comida na geladeira (o que for consumir em até três dias) e congelar o restante.

+Leia também: 4 combinações de marmitas saudáveis

Outra opção: no domingo, cozinha o sufciente para durar até quarta. E, na quarta, prepara as refeições do resto da semana.

A segunda tática eu apelido de “Adianto o grosso”. Você cozinha no fim de semana, mas não tanto. Vamos supor que seja carnívoro. No domingo, prepara os acompanhamentos. Quantos? Você decide! Arroz, feijão, grãos, tubérculos, legumes. Ou seja, tudo que não for carne (e aqui incluo peixe, frango ou boi).

De novo: vale deixar parte na geladeira e congelar o restante. No dia, você só grelha a carne, já que aquela feita na hora é sempre mais suculenta mesmo.

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Uma terceira proposta é o “Repito sem dó”, um jeito mais prático de marmitar. O jantar que você prepara em casa vira o almoço do dia seguinte no escritório. Essa modalidade é para quem não liga de repetir refeição.

E, olha, sempre é possível dar uma variada sem esforço. Por exemplo: vai assar um franguinho para acompanhar legumes e arroz no jantar? Faz um pouco a mais e desfia uma parte para uma salada no dia seguinte.

Independentemente do modo de marmitar, ele sempre começa com planejamento. E uma bela marmita é colorida e variada.

Cada refeição deveria ter uma fonte de carboidrato (arroz, macarrão, batata, mandioca, etc.) e uma de proteína (carne vermelha, frango, pescado, ovos ou leguminosas, como feijão, ervilha e grão-de-bico), além de legumes e verduras.

Pense quantas refeições pretende fazer e se topa repetir algumas para otimizar seu tempo. Ao programar as marmitas, abuse da versatilidade dos ingredientes. Carne moída vai bem com arroz e feijão, mas também pode ir no molho bolonhesa ou virar recheio de panqueca.

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Tubérculos vão bem refogadinhos ou na forma de purê. Andei coletando algumas dicas valiosas com marmiteiros experientes. Uma delas é: prefra pratos úmidos. O micro-ondas resseca os alimentos. Então, a chance de um estrogonofe ficar mais gostoso no micro que um bife que você fritou e congelou é enorme.

Outra ideia: se preparar feijão ou carne com molho, prefira colocar o molho ao lado, e não sobre o arroz, senão ele pode sugar toda a umidade do prato.

Mais uma dica: evite legumes que soltem muita água. Chuchu e abobrinha são clássicos. Alagam a marmita e não ficam tão legais depois de descongelados. Então deixe para fazer e comer em casa.

Outro conselho de quem entende: atenção a molhos com leite. O ideal é deixar pratos à base de leite e derivados na geladeira e consumir no limite em três dias. Até dá para congelar, mas a textura não será a mesma.

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Esse mesmo princípio se aplica a molhos à base de farinha de trigo ou amido de milho.

Tem mais truques preciosos. Um deles é reduzir o tempo do cozimento do que vai à marmita. Lembre-se: o micro-ondas não apenas aquece a comida mas também chega a cozinhá-la um pouquinho.

Por isso, ao preparar legumes ou macarrão, deixe menos tempo na panela. Não dá pra se esquecer também do recipiente. No mundo ideal, você investe nos potes de vidro com tampa. Ou, no limite, naqueles de plástico livres de bisfenol A (BPA).

Cada recipiente desses precisa ficar bem fechado para não se formarem cristais de gelo no congelador. E é prudente esperar a comida esfriar antes de fechar a tampa.

Dentro do planejamento, convém retirar a marmita do freezer na noite anterior. Antes de dormir, escolha aquela que vai levar ao trabalho e passe para o refrigerador. A vantagem: na hora de aquecer, ela precisará de menos tempo no micro-ondas, o que reduz as chances de
sua comida ressecar.

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Sim, há todo um raciocínio por trás. Marmita é uma boa, claro, mas ninguém precisa virar refém dela. Tem que saber se virar no restaurante por quilo ou self-service.

E poder aceitar o convite de um amigo para comer sem culpa ou medo. Cuidado com aquela ideia de levar marmita única e exclusivamente para não sair da linha. O momento da refeição vai virar um porre.

Tem um tipo de marmita que é a minha preferida. A marmita de mãe. Não importa a idade do filho ou da flha. Passou na casa dos pais para aquele almoço em família, pode ter certeza de que virá a oferta. E quem há de recusar?

A gente até faz aquele jogo de cena, só para ouvir: “Sobrou muita comida, leva, assim o jantar está resolvido”. Se você tem esse privilégio, agradeça: é uma das mais saborosas provas de amor. Assim como o empréstimo do tupperware na confiança de que você vai devolvê-lo no próximo encontro.

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