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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Espião da glicose? App dribla distância e melhora controle do diabetes

Nosso colunista comenta os avanços com a tecnologia que permite monitorar a glicose sem furar os dedos e compartilhar os resultados com médico e família

Por Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 29 Maio 2023, 12h48 - Publicado em 23 abr 2020, 15h05

Imagine que você tenha um filho com diabetes tipo 1 e precise ficar afastado dele boa parte do dia durante o período na escola… Imagine que você tenha uma avó com diabetes e não possa ter contato físico com ela por causa do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus

Como saber se os níveis de glicose dessas pessoas andam nas metas? Ou que as taxas se elevaram e é preciso fazer uma correção rápida com o uso de insulina? Ou, ainda, que aconteceu um episódio de hipoglicemia?

Pois é, estamos falando de pelo menos 25 milhões de brasileiros com diabetes. E um dos pilares do tratamento é o  controle adequado da glicose. Mas para controlar é preciso medir: quanto mais se mede de acordo com a orientação médica, mais sob controle fica a doença e menos sequelas haverá no futuro.

O ponto é que as furadinhas nos dedos para dosar a glicose no sangue — como exigem os glicosímetros clássicos — nem sempre favorecem ou estimulam medições na frequência correta. Muita gente mede menos do que deveria devido ao incômodo e ao medo das agulhas.

Mas há quatro anos uma alternativa despontou no Brasil e, de fato, revolucionou o controle da glicose. Trata-se de um dispositivo chamado Freestyle Libre, da farmacêutica Abbott. Falamos de um sensor, acoplado na pele do paciente, que mede a glicose continuamente, 24 horas por dia, sem necessidade das picadinhas. Ele dura 14 dias após ser implantado pelo próprio paciente.

Para ler o sensor, basta aproximar o smartphone (ou um aparelho específico) e bingo! Glicose medida… e sem furo no dedo. Pode-se fazer a leitura da glicose 10, 20, 30 ou quantas vezes mais o paciente quiser ou necessitar.

A tecnologia é revolucionária não só porque é mais cômoda, mas porque o indivíduo com diabetes consegue entender melhor o comportamento dos níveis de glicose ao longo do dia — quando se alimenta ou come algo fora do usual, ao fazer exercício etc.

Há mais de um ano foi lançado um recurso que permite, ainda, compartilhar com o médico os valores da glicose captados pelo celular e armazenados na nuvem (o Libre View). Com isso o endocrinologista ou clínico pode acompanhar em tempo real a situação e discutir com o paciente eventuais mudanças no tratamento. Foi um passo importante na tendência crescente da telemedicina.

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Agora chega um novo aplicativo baseado nessa tecnologia, o LibreLinkUp. Com esse app, quando o paciente mede a glicose pelo sensor sobre a pele, automaticamente compartilha os resultados com as pessoas que desejar. Usualmente isso é feito com pais, irmãos ou cuidadores, tornando mais ágil, fácil e seguro o controle da glicose a distância.

Imagine seu filho com diabetes viajando numa excursão de escola… Imagine sua avó que vive numa instituição de longa permanência ou mesmo em outra cidade…

Toda essa tecnologia não deve ser vista como um espião ou dedo-duro do paciente. Nem substitui a educação e o autocuidado em diabetes. Trata-se de um recurso seguro, tranquilo e eficiente para obter um melhor controle da doença e envolver a família toda nesse cuidado.

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