Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

Chegue Bem Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Você pode (ou melhor, deve) se preparar para um envelhecimento saudável. A geriatra Maisa Kairalla, da Universidade Federal de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ensina como
Continua após publicidade

Gerociência: o que o estudo da velhice tem a nos dizer?

Pistas moleculares ajudam a entender por que umas pessoas vivem mais do que outras — e orientam mudanças para ampliar nossa longevidade

Por Maisa Kairalla
15 jun 2021, 18h55

Os mecanismos celulares e genéticos relacionados ao envelhecimento e à saúde são o objeto de estudo do que hoje chamamos de Gerociência. Com as populações ao redor de todo o mundo ficando mais longevas, compreender esse fenômeno biológico e maneiras de garantir mais qualidade de vida durante o processo torna-se cada vez mais necessário.

E quando é exatamente que começamos a envelhecer? Bem, costumo dizer que o ser humano nasce e já começa a passar por isso. Afinal, cada ano de vida a mais que uma criança completa é tanto um crescimento como um envelhecimento. Mas, de acordo com o consenso científico, podemos dizer que o envelhecimento começa a acentuar-se a partir da terceira década de vida, período em que ocorre um fenômeno natural conhecido como imunossenescência.

Para ser mais exata, há ainda três idades em que o envelhecimento se torna mais acentuado. De acordo com um estudo realizado pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e publicado no periódico Nature em 2019, aos 34, aos 60 e aos 78 anos nosso organismo se deteriora mais rapidamente. Os cientistas chegaram a essa conclusão após analisarem quase 3 mil proteínas presentes no plasma sanguíneo de mais de 4 mil voluntários. Eles perceberam que é nessas idades que o corpo muda mais radicalmente sua composição biológica.

Continua após a publicidade

Com isso em mente, nos últimos anos a Gerociência tem dedicado esforços para aperfeiçoar os conhecimentos sobre os biomarcadores, que são indicadores da presença de doenças. O objetivo é que por meio de exames como o de sangue seja possível não apenas antecipar diagnósticos e aperfeiçoar tratamentos, mas também criar previsões de como será o envelhecimento de cada um.

Nessa linha, pesquisadores da Universidade de Bolonha, na Itália, sequenciaram o genoma de 81 centenários, sendo que, entre eles, 76 tinham mais de 105 anos e cinco mais de 110, e descobriram cinco variantes genéticas que são comuns em pessoas que passam de um século de vida. Essas variantes parecem influenciar a expressão de três genes vitais à saúde das células. Isso faria com que, nesses indivíduos, os mecanismos de reparo do DNA fossem extremamente eficazes, o que prolongaria o tempo de vida.

Então quer dizer que só vive mais quem tem genes desse tipo? Não necessariamente. Fatores ambientais também pesam na equação. Como sempre digo, cuidar da saúde é um investimento. Quanto mais você investe ao longo da vida em uma alimentação equilibrada, na prática de exercícios, no sono e no bem-estar mental, maior a probabilidade de chegar bem à velhice. E, se você for um dos sortudos com uma dessas variações genéticas mapeadas pelos italianos, vai somar ainda mais anos em sua poupança.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.