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DTM: saiba que o problema na mandíbula pode ser a causa da sua dor de cabeça

A disfunção temporomandibular está por trás de encrencas como cefaleias, dificuldades de mastigação e até dor de ouvido. Conheça as causas, os tratamentos e os cuidados necessários para quem sofre com o problema

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 28 out 2016, 03h28 - Publicado em 16 jul 2014, 22h00
Luiza Monteiro
Luiza Monteiro (/)
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O que é DTM

Essa sigla se refere à disfunção temporomandibular, nome dado ao conjunto de sinais e sintomas que afeta a musculatura da mastigação e/ou a articulação temporomandibular (ATM) – aquela situada entre a mandíbula e o crânio, na região anterior à orelha.

Existem três tipos principais de DTM: a muscular, que ocorre quando a musculatura do sistema mastigatório sofre um excesso de tensão; a articular, que pode se dar tanto por uma sobrecarga da articulação quanto por traumas ou até doenças degenerativas, como osteoartrose e artrite reumatoide; e a mista, aquela que une os distúrbios musculares e articulares.


As causas

Não há uma causa definida para a DTM, mas os especialistas sabem que certos hábitos aumentam o risco de desenvolver a disfunção – como apertar os dentes durante o dia e a noite, apoiar a mão na mandíbula com frequência, roer as unhas e mascar chiclete. Traumas, predisposição genética e até depressão e estresse também podem fazer com que a DTM apareça.


Os sintomas

Os estragos causados pela disfunção temporomandibular são muitos e, não raro, parecem não ter relação alguma com o problema na mandíbula. A dor de cabeça é um deles. “É que ela pode ser causada pela DTM. A característica é uma dor em aperto e que tende a melhorar quando a pessoa relaxa”, esclarece a dentista Daniela Godoi Gonçalves, professora da Universidade Estadual Paulista, em Araraquara, no interior de São Paulo. Para complicar, a DTM também pode agravar a intensidade e a frequência de outros tipos de cefaleia, caso da enxaqueca. Pacientes com essa desordem podem apresentar ainda dores no pescoço, no ouvido e na face; dificuldade para abrir e fechar a boca e também ouvir barulhos ao fazer esse movimento.


O diagnóstico

O profissional responsável por identificar um quadro de DTM é o dentista. A principal forma de diagnosticar o problema é por meio de uma conversa com o paciente e exames clínicos, como palpação da musculatura e da articulação e detecção de ruídos. “Ressonância magnética e tomografia são usados, por exemplo, quando há dúvidas em relação ao exame físico”, explica o dentista Paulo César Rodrigues Conti, professor titular da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo.

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O tratamento

De acordo com os especialistas, não é possível falar em cura da DTM. Mas não se desespere, pois é possível controlar a encrenca. Entre as técnicas utilizadas estão:

Placas de mordida
Indicadas especialmente a pessoas que costumam ranger os dentes enquanto dormem.

Exercícios fonoaudiólogos
Eles visam treinar a “postura” da mandíbula e fazer o alongamento e o fortalecimento dos músculos.

Exercícios de fisioterapia
Por meio de técnicas como eletroterapia, ultrassom e laser, eles melhoram a cicatrização dos tecidos e a mobilidade.

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Medicamentos
Quando usados com prescrição médica
, analgésicos e relaxantes musculares podem trazer alívio;

Acupuntura
Por aumentar a quantidade de endorfinas, a técnica ameniza a dor e reduz o estresse;

Cirurgias
São aplicadas em casos mais graves, quando não há resposta à terapia convencional.


Cuidados especiais

Quem tem dor crônica precisa evitar tudo que sobrecarregue a musculatura e a articulação mandibular. Por isso, procure não apertar os dentes durante o dia; tente não dormir de bruços, já que isso pode estirar os músculos da mandíbula e do pescoço; evite comer alimentos muitos duros; e mantenha a boa postura de cabeça, pescoço e costas, pois isso ajudará a relaxar os músculos do sistema mastigatório.

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