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Desodorante infantil: meu filho pode usar?

A fase da pré-adolescência pode causar, entre tantas outras novidades, o cheiro ruim nas axilas. Veja o que provoca o problema e como solucioná-lo

Por Abril Branded Content
Atualizado em 18 ago 2020, 10h45 - Publicado em 2 jul 2020, 10h34
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  • O suor em excesso é um transtorno em qualquer fase da vida e, especialmente na infância e na adolescência, pode favorecer o surgimento de quadros de ansiedade, insegurança e de perda de autoestima. Por isso é comum que pais se perguntem quando é a hora de seus filhos começarem a usar desodorante. 

    Tipos de desodorante infantil, idade adequada para iniciar o uso e como escolher o melhor produto são algumas das dúvidas mais comuns. Antes de respondê-las, porém, é preciso entender as causas do mau cheiro.

    O corpo humano tem milhares de glândulas sudoríparas – presentes não apenas nas axilas, mas também nas palmas das mãos, plantas dos pés, couro cabeludo e área genital – que trabalham para regular a temperatura do organismo. As glândulas sudoríparas que estão mais presentes nas axilas são as chamadas de apócrinas e produzem cerca de 1% da transpiração do corpo. Elas são ativadas com a produção hormonal que ocorre no início da puberdade, sendo comum que essa etapa se inicie a partir dos 8 anos em meninas e após os 9 em meninos.

    E é aí que o cheirinho desagradável pode surgir. Não pela produção do suor em si, mas pela decomposição do líquido por bactérias que vivem em nossas axilas. É que as proteínas e os lipídios presentes na nossa transpiração são o alimento preferido desses microrganismos, causando a chamada bromidrose (transpiração com odor ruim).

    Por isso, manter a região limpa e seca é o primeiro passo para evitar o mau cheiro. O uso de roupas leves e de tecidos transpiráveis, como o algodão, também é importante para quem tende a suar muito – independentemente da idade. “Em alguns casos, pode ser indicado o uso de sabonetes antibacterianos e até mesmo de antibióticos tópicos, sendo importante avaliar com o dermatologista sempre que o quadro for persistente ou mais exacerbado”, alerta Fernanda Massaoka, dermatologista do Hospital São Luiz Jabaquara e do Hospital da Criança.

    Ela explica que, embora menos frequente do que em adultos, a hiperidrose (suor em excesso) também pode acometer crianças, tanto nas axilas quanto nas mãos e nos pés. “Geralmente a hiperidrose piora em situações de estresse e ansiedade, trazendo prejuízo para o dia a dia e a qualidade de vida da criança”, afirma. 

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    Desodorante para criança

    Alguns pais adotam o desodorante natural infantil, lançando mão de receitinhas caseiras e de produtos que, em tese, não agridem a pele delicada da criança. É comum, por exemplo, usarem leite de magnésia, já que o hidróxido de magnésio neutraliza os ácidos do suor e reduz a proliferação de bactérias. O Leite de Rosas, cuja formulação contém óxido de zinco e cloreto de benzalcônio, que atuam como antissépticos, também costuma entrar na lista dos “desodorantes de criança”. 

     

    Mas a verdade é que, como estamos falando de uma pele mais frágil que a do adulto, todo cuidado é pouco. “É importante lembrar que algumas substâncias, mesmo que à base de óleo de coco ou óleos essenciais, e ingredientes naturais, podem ser irritativas e causar dermatites, especialmente nas crianças, que têm a pele sensível”, afirma a Dra. Fernanda. 

    Se o adolescente apresentar transpiração excessiva, vale uma consulta ao médico antes de escolher o melhor desodorante infantil. Antitranspirantes tradicionais não estão descartados, pelo menos no caso de meninos e meninas mais crescidinhos, ou seja, a partir dos 12 anos. “Recentemente surgiram informações sem base científica de que o alumínio e outros componentes de desodorantes poderiam estar relacionados a câncer de mama e Alzheimer, levando muitas pessoas a rejeitar esses produtos. No entanto, não há associação entre o uso de desodorantes ou antitranspirantes e o surgimento dessas doenças”, explica a médica.

    De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os antitranspirantes são indicados apenas a partir dos 12 anos de idade. Também não se recomenda o uso de aerossóis antes dessa idade, por risco de inalação. Já os produtos sem os agentes que bloqueiam a transpiração, que são desodorantes, podem ser usados a partir dos 8 anos.

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