Como o estresse afeta a imunidade
Nervosismo em excesso pode abalar as estruturas do sistema imune. Conheça algumas táticas antitensão
O estresse é fundamental para nossa existência. Situações tensas desencadeiam uma reação imediata do corpo, que libera mais adrenalina, hormônio que acelera o coração, e cortisol, substância que eleva a pressão e aumenta o aporte de energia aos músculos. Todas essas modificações têm o objetivo de nos deixar prontos para enfrentar ou fugir do perigo – habilidade que, diga-se, significou a sobrevivência da espécie humana. “Reagir rapidamente era um diferencial de nossos ancestrais das cavernas”, nota o médico Luiz Vicente Rizzo, da Sociedade Brasileira de Imunologia.
O problema é que hoje em dia não corremos de mastodontes ou caçamos tigres dentes-de-sabre. O nervosismo do homem moderno está no trânsito, nas filas, no medo de assaltos… Pois é, o estresse virou doença crônica. “E a produção contínua de elementos como o cortisol desequilibra totalmente o sistema imunológico”, conclui a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association do Brasil.
Táticas antitensão
Meditar: evidências apontam que esvaziar a mente reduz marcadores de inflamação e atrasa o envelhecimento das células.
Cantar: além de aliviar o estresse, os níveis de proteínas inflamatórias diminuem em quem participa de um coral.
Rir: pacientes japoneses com câncer fizeram a terapia do riso. Após algumas sessões, a imunidade deles aumentou.
Fazer arte: segundo revisão americana, escrever, ouvir música ou tocar instrumentos exercem boa influência nas defesas.