A colher de pau está liberada?
Ela pode virar um banquete para seres microscópicos, como fungos e bactérias. Se mal higienizada, é melhor evitá-la para não contaminar a refeição
Os colherões de madeira surgiram lá na Roma antiga e ainda hoje marcam presença nas cozinhas de todo o mundo. Ocorre que, a exemplo das tábuas de mesmo material, são malvistas pelos experts em higiene por causa de sua vocação para aninhar micro-organismos. Embora sejam condenadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, em restaurantes e bares brasileiros elas recebem elogios dos chefs devido à sua maciez e resistência. A colher de pau participa de vários tipos de receita sem provocar danos ao alimento ou à panela.
Contaminação, o grande problema
O uso constante e a higienização precária levam ao comprometimento da madeira em não muito tempo. Como a colher está constantemente em contato com o conteúdo da panela, a probabilidade de os micro-organismos daninhos pularem para a comida é enorme.
Os preparos aquosos, como molhos, acabam absorvidos pela madeira e permanecem em sua estrutura se ela não for muito bem higienizada. Aí, teremos um prato cheio para as bactérias e, se o utensílio for guardado úmido na gaveta, para os fungos também.
Quer trocar?
Se você está disposta a aposentar a madeira, a sugestão é investir em espátulas e colheres de alumínio, sem raspar o fundo de panelas mais delicadas, como antiaderentes. Ou silicone – mas, aí, é preciso tomar cuidado para não queimá-las.
Prefere manter sua colher de pau?
Então utilize água e sabão para limpar e, de vez em quando, mergulhe a parceira em água fervente. Depois desse banho escaldante, seque bem e unte toda a superfície com algum óleo comestível. Não fique sem utilizar a colher por muito tempo e troque esse utensílio com bastante regularidade.