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Peeling de fenol: quais são os riscos da técnica que matou paciente em SP

Cobiçado pelo rejuvenescimento facial extremo que promove, esse peeling tem várias contraindicações e exige avaliação prévia criteriosa

Por Maurício Brum
Atualizado em 4 jun 2024, 17h10 - Publicado em 4 jun 2024, 17h09
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  • O peeling de fenol voltou às manchetes após a morte de um homem que se submeteu ao procedimento em São Paulo. O empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, faleceu após realizar a intervenção estética na clínica da influencer Natalia Becker, em 3 de junho.

    O caso, investigado como homicídio pela polícia, reacendeu dúvidas sobre a técnica.

    Um dos procedimentos mais agressivos de rejuvenescimento, esse peeling ganhou destaque nas redes sociais devido aos resultados radicais que promove. E, embora o surgimento de uma “nova pele”, sem marcas de idade, realmente ocorra em muitos pacientes, a técnica exige cuidados extras pois é cercada de riscos.

    VEJA Saúde já publicou um guia completo com mitos e verdades sobre o peeling de fenol, que você pode conferir clicando aqui.

    O que é o peeling de fenol

    Um peeling, de qualquer tipo, faz o que a palavra em inglês sugere: promove uma descamação. No caso da técnica que utiliza o fenol, um ácido, o procedimento é ainda mais invasivo: remove a epiderme (camada mais superficial da pele) e atinge a própria derme, que fica logo abaixo.

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    Esse procedimento radical quebra as proteínas da epiderme e leva à produção de colágeno. Com o tempo, surge uma nova camada de pele, sem as marcas do tempo de antes, no local.

    Originalmente feito com o fenol tradicional (também chamado de ácido fênico ou ácido carbólico), o procedimento foi popularizado com o surgimento do “fenol modificado”. De aplicação mais lenta, ele permite que a técnica seja feita também em consultórios, não só no centro cirúrgico.

    A difusão mais ampla do peeling de fenol, porém, não o tornou isento de riscos.

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    +Leia também: Entre a beleza e o perigo: os riscos dos procedimentos estéticos

    Quais são os riscos envolvidos no peeling de fenol

    O procedimento tem várias contraindicações, pois o fenol é um composto químico tóxico, que pode causar problemas severos em quem tem comorbidades. Por isso, é fundamental ter uma avaliação detalhada da saúde geral, garantindo que o paciente não tem nenhuma doença subjacente que possa levar a complicações graves.

    Pessoas com problemas cardíacos, renais ou hepáticos não podem se submeter a esse procedimento. Doenças autoimunes ou crônicas, como lúpus, artrite reumatoide e hipertensão, também fazem parte do rol de condições que impedem a realização.

    Até a publicação desta matéria, ainda não se sabia o que pode ter ocasionado a morte de Henrique, nem se ele tinha alguma outra doença que contraindicasse a intervenção. A polícia trabalhava com a hipótese de um choque anafilático.

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    Além dos riscos, é importante destacar que o período de recuperação do peeling de fenol exige paciência, e algumas pessoas podem não obter os resultados desejados mesmo sem complicações de saúde.

    Antes de qualquer procedimento estético, consulte sempre um dermatologista sobre as opções para o seu caso, que seja de fato especialista no assunto e possa ajustar expectativas a respeito das possibilidades e limitações de cada técnica.

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