Coxoplastia: o que é o “lifting” de coxas e quando ele é indicado
Procedimento visa remover excesso de pele e gordura da coxa interna, mas é invasivo e pode ter pós-operatório delicado
Popularmente conhecida como “lifting de coxas”, a coxoplastia é um procedimento realizado para remover excesso de pele e gordura na coxa interna.
A técnica busca solucionar uma das queixas mais comuns de pessoas que vivenciaram uma perda muito grande ou abrupta de peso e passam a lidar com excesso ou flacidez da pele nessa parte do corpo.
A coxoplastia pode ajudar a lidar tanto com as consequências físicas desse problema, como a maior propensão a dermatites e ferimentos que podem infeccionar, quanto com os impactos na autoestima associados à pele flácida.
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Quando a coxoplastia é indicada
Normalmente, o procedimento é indicado para pessoas que queiram remodelar e restaurar a aparência usual das coxas, eliminando o excesso de pele e corrigindo a posição dos tecidos. Mesmo que o procedimento costume ser motivado por razões estéticas, também há indicações médicas pela remoção do excesso de pele nas coxas, como perda de mobilidade, higiene mais dificultosa ou irritações.
O procedimento consiste em uma incisão, que varia com base na área que será tratada e o grau de correção. Após isso, remove-se a gordura local e reposiciona-se os tecidos, tensionando os músculos próximos também retirando o excesso de pele na coxa.
A cicatriz pode variar bastante, já que a incisão também pode mudar. Por exemplo, caso o procedimento seja para recuperar a flacidez na região interna e superior da coxa, a incisão pode ser na dobra da virilha. Porém, se for na região medial do membro, normalmente se estenderá ao redor da parte de trás dela. A melhor abordagem vai depender das características individuais do caso.
Indicações além da estética
Pacientes com perda massiva de peso e lipodistrofia podem se beneficiar dos resultados deste procedimento. Outros casos podem incluir reparação de feridas por trauma ou para melhor ajustes de próteses, por exemplo.
No caso da lipodistrofia, um dos sinais do problema é a distribuição desigual de gordura pelo corpo. Ligada a um hormônio que regula, entre outras funções, a fome, metabolismo e glicose, essa condição pode causar uma série de complicações, como problemas cardiovasculares e pancreatite.
A coxoplastia também pode ajudar à diminuir as queixas funcionais, como irritação ou infecção de pele, além das preocupações estéticas.
Complicações possíveis
Infelizmente, a região das coxas não está entre as mais fáceis de cuidar em um pós-operatório: por ser um ambiente úmido e sob atrito repetido, há uma chance de complicações além dos riscos comuns a qualquer uma cirurgia.
A coxoplastia pode causar deslocamento de vulva, linfedema ou tromboflebite. Também podem ocorrer deiscências (aberturas nas suturas cirúrgicas) e seromas, quando há acúmulo de líquido sob o tecido após cirurgias.
Também há aqueles pacientes com contraindicações relativas. Dependendo do nível de contorno da pele, algumas pessoas podem se beneficiar mais com abordagens menos invasivas. É o caso de pacientes com diabetes, doenças cardiovasculares, insuficiência renal, anemia e doença pulmonar. A avaliação dos riscos e benefícios deve ser feita pela equipe médica responsável, de forma individualizada.
Esta é uma cirurgia que, por vezes, também pode exigir reoperação. Por isso, é importante conversar com o cirurgião plástico em uma avaliação pré-operatória, que pode incluir também uma discussão sobre a técnica usada, as possíveis complicações e os limites do que a coxoplastia pode fazer por seu caso.
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