Botox capilar: como funciona e qual a diferença para uma progressiva?
Tratamento promete alisar fios, mas não age sem adicionar química ao cabelo
A variedade de tratamentos para o cuidado com os cabelos pode gerar muitas dúvidas sobre como cada um funciona e quais as suas finalidades. A principal preocupação está ligada à presença de determinados compostos químicos na formulação dos produtos utilizados nesses procedimentos.
Recentemente, o chamado “botox” capilar tem ganhado fama como alternativa à escova progressiva com a promessa de entregar o mesmo efeito, mas com menos danos aos fios. Mas será que a diferença entre ambos é significativa? Confira como funciona o botox capilar e quais cuidados o tratamento requer.
+Leia também: Como fazer procedimentos nos cabelos sem danificar (tanto) os fios
Como funciona o botox capilar?
Apesar do nome, o botox capilar não tem nenhuma relação com a toxina botulínica utilizada em procedimentos estéticos na pele. O nome do tratamento faz referência ao efeito de rigidez que promove nos fios de cabelo.
O alisamento é por si uma alteração química na estrutura dos fios de cabelo. Por isso, o segundo “mito” a ser abandonado é o de que o botox não envolveria essas substâncias.
No tratamento de botox capilar, os fios de cabelo são envoltos numa massa que recompõe as fibras e sela as cutículas do cabelo após a ativação com calor, criando uma camada encapsuladora que deixa o cabelo com menos frizz.
Contudo, durante esse processo, o fio é achatado e pode perder componentes essenciais para a saúde capilar, como água e ceramida. Outra possibilidade é que, a depender da composição do produto, o efeito de calor libere substâncias que danificam os fios com o tempo.
O que ocorre no tratamento é uma reestruturação parcial que simula o efeito de liso, embora seja menos intenso e duradouro quanto o de uma progressiva. Os efeitos de um botox capilar duram entre um e três meses.
Cuidados com o botox capilar
Em outubro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão na venda e recolhimento de 78 produtos cosméticos para tratamentos no cabelo.
A maioria das marcas notificadas produzia itens para escovas progressivas e técnicos de alisamento nos cabelos. A restrição se deu pela falta de registro para comercialização, sem a qual não havia regulação, qualidade e segurança nos procedimentos, apresentando riscos à saúde.
O botox capilar é uma técnica indicada para ser feita apenas por profissionais, por isso, na hora de ir ao cabeleireiro, é preciso se informar sobre qual produto está sendo utilizado no tratamento.
Uma olhada no rótulo também ajuda a saber quais químicos estão presentes na composição. O uso de formol (ou formaldeído) e ácido glioxílico é proibido. De acordo com a Anvisa, o químico é permitido em cosméticos apenas como conservante, com limite de 0,2% na composição.
+Leia também: O que o formol causa quando usado como alisante capilar?
As únicas substâncias ativas permitidas em cosméticos para alisar ou ondular cabelos, são o ácido tioglicólico e seus sais, ésteres do ácido tioglicólico, hidróxido de sódio ou potássio, hidróxido de lítio, hidróxido de cálcio associado a um sal de guanidina, sulfitos e bissulfitos inorgânicos, pirogalol e ácido tiolático.
Antes de qualquer tratamento capilar, é necessário realizar um teste de mecha e um teste de toque para evitar possíveis reações alérgicas e compatibilidade química. Em caso de ferida ou irritação preexistente no local de aplicação, um médico deverá ser consultado antes da manipulação do produto. O botox capilar também não é recomendado para menores de 15 anos, gestantes ou lactantes.
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