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Stevia: adoçante natural pode ser boa opção para pessoas com diabetes

Candidato a substituto do açúcar tem origem em erva latina e sabor poderoso

Por Clarice Sena
2 Maio 2025, 09h00
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Folhas secas trituradas de stevia (./Wikimedia Commons)
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Na tentativa de reduzir o consumo de açúcar, muita gente tem buscado alternativas que preservem o sabor doce no preparo de alimentos. Assim, adoçantes e intensificadores de sabor artificiais ganharam bastante espaço no mercado, gerando controvérsias devido aos aditivos químicos em suas composições.

Em meio ao debate, alternativas naturais como a stevia, também chamada de estévia, ganharam adeptos como uma opção mais saudável para controlar e prevenir encrencas como diabetes e obesidade.

Além da matéria-prima que evita o lado artificial de outros adoçantes, esse substituto produzido a partir das folhas da erva Stevia rebaudina se destaca pelo sabor poderoso: 400 vezes superior à sacarose.

+Leia também: Adoçantes: novas dúvidas à mesa

Stevia e açúcar: diferenças e vantagens

A Stevia rebaudiana, espécie mais utilizada no preparo de edulcorantes, é endêmica na fronteira entre Brasil e Paraguai, especialmente na região da Serra de Amambaí e no Mato Grosso do Sul.

Durante o século 20, suas sementes e mudas foram exportadas para diversos lugares do mundo, que começaram a empregá-las no preparo de adoçantes. Para isso são utilizadas as folhas da planta que passam por um processo de secagem até ficarem quebradiças. Além da moagem, também é possível produzir uma solução aquosa com outros ingredientes.

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Os responsáveis pelo poderoso sabor adocicado da planta são os seus glicosídeos, moléculas de açúcar que atuam em diversas funções importantes, incluindo a comunicação intercelular e a reserva de energias.

+Leia também: Adoçante ou açúcar: qual devo usar?

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), alguns dos glicosídeos presentes nas folhas estévia têm poder adoçante centenas de vezes mais poderosos do que os do açúcar comum e que não afetam o nível de glicose no sangue.

Dentre eles estão o esteviol, até 200 vezes mais doce que a sacarose, o esteviolbiosídeo (até 125 vezes), o esteviosídeo (até 300 vezes) e o rebaudiosídeo-A (até 400 vezes).

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Adoçante ou açúcar: vale a pena trocar?

Os componentes da folha de estévia, seu processo de plantio e colheita são fatores que podem influenciar na qualidade e no sabor dos adoçantes a base da planta. Pelo menos 95% de glicosídeos de esteviol devem compor o produto para garantir a aprovação de uso. Por isso, é sempre importante checar as embalagens antes de sair comprando.

Esses adoçantes podem beneficiar bastante as pessoas com dietas com restrição de açúcar, pré-diabéticos e diabéticos, mas não são uma resposta milagrosa para quem busca o emagrecimento. Eles devem ser incorporados em uma rotina com outras adequações no estilo de vida.

Em 2023, a Organização Mundial da Saúde divulgou uma nova diretriz alertando para o uso de adoçantes sem açúcar visando o controle do peso corporal. A Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), por sua vez, posicionou-se alegando que os adoçantes, de forma isolada, não emagrecem e não baixam os níveis de açúcar do sangue.

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A redução do peso pode ocorrer diante de uma combinação de fatores como a adoção de uma dieta saudável controlada em calorias, a prática de exercícios físicos, entre outros. Portanto, antes de qualquer mudança estrita na alimentação consulte seu médico.

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