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Probióticos são aliados contra náuseas e vômitos na gravidez, diz estudo

Esses sintomas são frequentes no início da gestação e podem atrapalhar a qualidade de vida da mulher

Por Da Redação
7 dez 2021, 16h00

Aproximadamente 85% das gestações, particularmente em seus momentos iniciais, são marcadas por enjoos e vômitos. A constipação é outro problema comum. Pois um estudo inédito, conduzido por pesquisadores da UC Davis School of Medicine, nos Estados Unidos, indica que o uso de probióticos pode trazer melhorias significativas nesses aspectos. Os dados foram publicados no jornal científico Nutrients.

“A causa de náuseas e vômitos durante a gravidez ainda é desconhecida. Várias teorias foram propostas, mas nenhuma é conclusiva”, informou Albert T. Liu, líder do trabalho e professor de obstetrícia e ginecologia, em comunicado oficial divulgado pela entidade.

Ainda de acordo com o expert, tais sintomas podem impactar significativamente a qualidade de vida da mulher. Em alguns casos, o controle se torna tão difícil que a grávida precisa ser hospitalizada.

Quem são os probióticos e qual a relação com sintomas na gravidez

Conhecidos como “bactérias boas”, eles podem ser encontrados em alimentos como iogurtes, leites fermentados, kombucha e kefir. Há também a possibilidade de ingeri-los por meio de suplementos. Em resumo, os probióticos ajudam a manter a microbiota intestinal em equilíbrio.

De acordo com material divulgado pela UC Davis, hormônios como estrogênio e progesterona disparam durante a gravidez, trazendo várias mudanças no organismo. Uma dessas alterações é justamente na microbiota, o que acaba interferindo nas funções do sistema digestivo. Esse processo resultaria, então, em manifestações como náuseas, vômitos e prisão de ventre.

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De olho nisso, os cientistas resolveram avaliar se a suplementação com probióticos poderia beneficiar o trato gastrointestinal durante a gestação.

O estudo

A experiência contou com 32 participantes. Elas tomaram uma cápsula de probióticos duas vezes ao dia ao longo de seis dias. Daí pararam de ingerir a pílula por dois dias e, em seguida, repetiram o ciclo de seis dias.

As cápsulas continham principalmente Lactobacillus, um tipo de bactéria do bem. Cada unidade do suplemento apresentava 10 bilhões de culturas vivas no momento da fabricação. O trabalho gerou, no total, 535 observações de sintomas para os pesquisadores analisarem estatisticamente.

Foi com base nesses registros que eles notaram o seguinte: com o apoio dos probióticos, as grávidas tiveram uma redução de 16% nas horas sentindo náusea e o número de vezes que elas vomitaram caiu 33%.

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Os autores da análise perceberam ainda que a ingestão das bactérias boas melhorou a fadiga, a falta de apetite e a dificuldade de manter atividades sociais. Fora isso, houve redução importante da constipação.

As participantes do estudo também contribuíram com amostras fecais antes e durante a intervenção. Assim, os cientistas puderam avaliar o tipo e o número de micróbios, além dos diferentes subprodutos da digestão, nos dois momentos.

Embora as descobertas sejam intrigantes, os autores alertam que, devido ao pequeno tamanho da amostra, mais estudos serão necessários para confirmar os efeitos dos probióticos.

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