Película comestível estica validade dos vegetais
Invenção nacional permite que frutas cortadas que durariam só três dias passem a ter vida útil de mais de duas semanas
Com a correria no dia a dia, quem não quer mais praticidade na hora de comprar e comer uma manga, um mamão ou o que mais o freguês pedir?
Não é à toa que faz sucesso nas feiras e supermercados o setor dedicado a alimentos já higienizados, cortados e embalados — tudo pronto para mandar goela abaixo.
De olho na tendência e na necessidade de estender a validade das frutas para evitar desperdício, pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, criaram películas que, uma vez envoltas nesses itens mais suscetíveis a estragos, aumentam sua vida útil.
O resultado foi impressionante: a inovação prolongou em até cinco vezes o tempo próprio para consumo.
“Nos testes, usamos a maçã, que é muito consumida, e a batata-baroa, que é bem perecível”, diz Luciana Rodrigues da Cunha, coordenadora do estudo.
O grande diferencial é que a invenção é 100% natural e soma compostos fenólicos ao alimento — a matéria-prima é o extrato de abricó, uma fruta nativa mineira.
“Os testes não mostraram alterações de cor nos alimentos após adicionarmos a película, e estamos analisando o sabor. Também precisamos otimizar a obtenção do extrato para, no futuro, comercializar essa tecnologia”, explica a professora.
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Como preservar em casa
A polpa das frutas é extremamente suscetível ao oxigênio: assim que elas são cortadas, em poucas horas nota-se um escurecimento ou mesmo mudança no sabor.
Por isso, para armazenar frutos e hortaliças fatiadas, use recipientes herméticos bem fechados. De preferência, guarde os alimentos frescos e inteiros em casa, cortando apenas quando for consumi-los ou levá-los na mochila.