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Magreza excessiva não é o único: veja 5 sintomas indicativos de anorexia

Sinais de transtorno alimentar costumam ser percebidos por familiares e amigos do paciente, mas doença só pode ser diagnosticada por especialistas

Por Valentina Bressan
16 abr 2025, 15h31
anorexia
Restrição de nutrientes que faz parte do quadro de anorexia pode levar a complicações de saúde graves (Freepik/Freepik)
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A anorexia nervosa é um transtorno alimentar com altas taxas de mortalidade. Esse problema sério pode ainda ser difícil de diagnosticar, já que o paciente costuma negar os sintomas ou não reconhecer a gravidade de seu estado de saúde.

Aí entra a importância do apoio de familiares e amigos. Muitas vezes, são eles que notam a perda de peso e a recusa em comer – a pessoa pode alegar não estar com fome para não compartilhar refeições ou comer muito pouco. Para quem tem anorexia, é difícil perceber seu próprio peso e formato corporal de maneira realista

Buscar ajuda médica é essencial para restabelecer a saúde e combater as complicações causadas pela baixa ingestão de alimentos. Uma equipe de especialistas, entre psiquiatras, nutricionistas, psicólogos, pediatras e outros médicos, pode acompanhar o paciente. 

Conheça abaixo os principais sintomas do transtorno alimentar. Mas lembre-se: apenas um especialista pode realizar o diagnóstico e indicar o melhor caminho de tratamento. 

Sinais de anorexia

Embora a anorexia seja uma condição mais comumente diagnosticada entre mulheres jovens, pessoas de qualquer idade podem sofrer com esse transtorno alimentar.

Uma pesquisa publicada na revista científica JAMA, que incluiu dados do Brasil e de outros países, apontou que mais de um quinto dos jovens entre 6 e 18 anos têm algum tipo de transtorno alimentar.

Muitas vezes, ele é desencadeado por um evento de vida traumático, e pode também estar associado a quadros de ansiedade.

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+ Leia também: Transtornos alimentares: quando há emoção na alimentação

1. Perda de peso significativa

Um dos fatores presentes em casos de anorexia é uma perda de peso importante. A pessoa passa a pesar menos do que é esperado para sua idade, sexo, e estado de saúde física. 

O baixo peso e a deficiência nutricional podem levar a complicações como amenorreia (ausência de menstruação), perda de densidade mineral óssea e alteração dos sinais vitais. Sintomas como baixa libido, insônia e irritabilidade integram o quadro clínico.

Mesmo que cause problemas graves à saúde, a perda de peso costuma ser vista como uma conquista pessoal pela pessoa com anorexia. 

2. Restrição na ingestão de alimentos

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), material que classifica diferentes doenças psiquiátricas, distingue dois tipos de anorexia: a restritiva e a purgativa. 

No quadro de anorexia restritiva, a pessoa emprega diferentes métodos para emagrecer, como evitar comer, fazer dietas extremas e passar períodos em jejum.

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A preocupação constante com as calorias dos alimentos é um comportamento comum. Os casos de anorexia purgativa incluem também episódios de indução de vômito e uso de laxantes.

De acordo com o DSM, o diagnóstico de anorexia pode ser feito concomitantemente a um quadro de transtorno obsessivo compulsivo, quando a atitude em relação à comida e a outras áreas da vida se apresenta de forma obsessiva. 

3. Exercícios excessivos

Muitas dietas populares na mídia podem incentivar comportamentos relacionados a transtornos alimentares. Um deles é a prática excessiva de atividades físicas, com a finalidade de “queimar” as calorias consumidas.

No subtipo purgativo da anorexia, medicamentos laxantes e a indução de vômito são práticas comuns, junto do exercício em excesso.

+Leia também: Restrição à mesa aumenta risco de transtorno alimentar

4. Medo de ganhar peso

Mesmo quando a perda de peso é significativa, a pessoa com anorexia segue sentindo medo de ganhar peso. Essa sensação podem inclusive aumentar com a diminuição dos quilos na balança. 

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Para lidar com esse medo, é comum adotar hábitos como se pesar frequentemente ou se encarar no espelho várias vezes por dia. O problema é que, em quadros de transtornos alimentares, essa habilidade de aferir a própria aparência fica prejudicada. 

Esse traço da anorexia também está relacionado com a valorização social da magreza, seja na mídia ou nos círculos sociais. 

5. Dismorfia corporal

O DSM classifica a dismorfia corporal como uma doença própria – o transtorno dismórfico corporal (TDC), popularmente conhecido como síndrome da feiura imaginária, em que existe uma preocupação obsessiva com um ou mais características da aparência física. 

No caso da anorexia, esse comportamento se manifesta por meio do medo de engordar e da percepção distorcida do próprio peso e formato corporal. A pessoa se considera maior ou mais pesada do que realmente é. 

Cuidados com o diagnóstico e o tratamento

A anorexia pode acarretar em uma gama de complicações sérias para a saúde: excesso de colesterol, anemia, desidratação, aumento do risco de fraturas, osteoporose, pressão baixa e até alteração do ritmo cardíaco. 

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Um diagnóstico correto é fundamental para conduzir o tratamento da forma mais adequada. Algumas características do quadro são compartilhadas com a ansiedade social, a bulimia, o transtorno obsessivo compulsivo e o transtorno dismórfico corporal. Somente um médico pode diferenciar o quadro e indicar o tratamento.

Não existe uma medicação específica para tratar anorexia. Em alguns casos, a hospitalização pode ser necessária para regularizar o peso e combater as complicações da doença.

Psicoterapia, uso de antidepressivos e tratamento com uma equipe multidisciplinar costumam ser empregados. No Brasil, casos de anorexia podem ser tratados no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

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