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Frango é carne vermelha? Entenda o que é permitido na quaresma

Embora sejam considerados carne branca, os cortes de aves não devem ser consumidos nesse período, de acordo com recomendação da Igreja Católica

Por Valentina Bressan
7 mar 2025, 18h00
frango-católicos
Segundo a tradição dos católicos, é melhor evitar aquele frango assado na Sexta-Feira Santa (Azerbaijan_stockers/Freepik)
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No calendário cristão, o fim do Carnaval traz o início da Quaresma. O nome, do latim, já indica que são 40 dias, considerados um período de preparação para a Páscoa. A data marca a ressurreição de Cristo para os católicos.

No início e no final desse intervalo – ou seja, na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa – é costume dos religiosos evitar consumir carne. A tradição é disseminada entre os brasileiros, que correm para as peixarias atrás de frutos-do-mar nessas datas.

Mas as recomendações da Igreja Católica não são apenas essas: o indicado, além de abdicar da carne vermelha nestes dias, é evitar a carne em todas as sextas-feiras da Quaresma.

Seja você católico ou não, a dúvida pode surgir: afinal, frango é carne vermelha? Dá para comer cortes de aves na Quaresma? Entenda a classificação a seguir.

Frango é carne vermelha?

A resposta é não. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como carne vermelha aquela proveniente dos músculos de animais mamíferos. Nesse grupo, entram bovinos, suínos, ovinos, equinos, caprinos e até camelos. Peixes e aves são considerados carne branca.

Os órgãos de saúde do Brasil seguem a mesma classificação. A cor da carne, aliás, não está relacionada à quantidade de sangue presente no corte: o líquido vermelho que você pode encontrar ao fatiar um bife é uma mistura de água com mioglobina.

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Essa proteína, de coloração avermelhada, fica armazenada nos músculos do animal.

+Leia também: Peixe além da Sexta Santa: benefícios de uma dieta rica em pescados

Mas afinal, por que a Igreja proíbe o consumo de frango?

Há várias justificativas, e elas não decorrem exatamente da cor da carne. Uma delas é que os peixes são animais de “sangue frio”, diferentes das aves, do gado e de outros mamíferos.

Outra razão é que o peixe era considerado um alimento mais simples, em oposição à ostentação que significava comer cortes de gado ou aves. Evitar consumir essas carnes está ligado a uma noção de abstinência para os católicos.

Por isso, mais um dos motivos citados pelos religiosos é que os peixes são mais facilmente digeridos do que outras proteínas, ou seja, logo a fome retorna e isso dá o sentido de renúncia buscado durante a Quaresma. Assim, alguns religiosos defendem que não vale trocar a carne vermelha por um farto prato de bacalhau.

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Na tradição judaica, os peixes tampouco são considerados carne – mas aí, entram outras regras específicas, como a proibição de comer peixes que não tem barbatanas e escamas.

Grávidas, crianças, idosos e pessoas com necessidades nutricionais específicas por conta da saúde não precisam jejuar ou evitar certos alimentos, segundo a Igreja Católica.

Diferentes lugares, diferentes tradições

Assim como as crenças e práticas religiosas se alteram ao longo do tempo, a lista de alimentos permitidos ou não durante a quaresma também ganhou alguns itens curiosos.

No Canadá, o consumo de castores foi permitido. Por aqui, na América Latina, a carne da capivara também foi liberada, já que ambos os bichos são “aquáticos”.

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Mas não vá sair caçando capivaras na Sexta-Feira Santa, já que a carne do bicho pode transmitir determinadas zoonoses.

 

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