Dieta planetária: é boa para a Terra, é boa para a cabeça
Pesquisadores brasileiros demonstram que programa alimentar voltado à preservação ambiental protege idosos do declínio cognitivo
Focada em generosas porções de vegetais e na redução do consumo de alimentos de origem animal, a dieta planetária vem ganhando adeptos e chancelas científicas.
Além de resguardar o mundo, o cardápio com pegada sustentável comprovadamente traz benefícios para a saúde — inclusive a mental.
É o que atesta uma nova pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), publicada no periódico Nature Aging, ao avaliar e demonstrar que a adesão a essa proposta alimentar contribui para desacelerar o declínio cognitivo. A análise reúne dados de mais de 11 mil servidores públicos de seis cidades brasileiras.
Os bons resultados, no entanto, estão ligados ao nível de renda das pessoas. “Muitos dos alimentos preconizados são caros”, observa a bióloga Natalia Gonçalves, uma das responsáveis pelo trabalho. “É preciso que a promoção de dietas saudáveis também leve em conta o acesso da população.”
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Dá-lhe, fibra!
A ingestão diária de um suplemento de fibra alimentar melhorou a função cerebral de pessoas com mais de 60 anos em apenas 12 semanas. Os achados são de uma pesquisa do King’s College de Londres.
A dose levou a mudanças na composição da microbiota intestinal dos participantes, que apresentaram melhores resultados em testes neurológicos em comparação aos que receberam cápsulas placebo, sem fibras.
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