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Café em cápsula faz mal à saúde? Veja o que se sabe

Preocupações com a saúde e o ambiente geram polêmica em torno do método prático para fazer um espresso

Por Maurício Brum
21 jul 2025, 16h09
capsulas-de-cafe
Há preocupações válidas em torno do uso das cápsulas, mas é importante não exagerar no alarmismo e ignorar os problemas dos outros métodos (Andrés Nieto Porras/Wikimedia Commons)
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Qualquer apreciador de café vai admitir: elas estão longe de produzir a versão mais saborosa dessa bebida, mas as cápsulas de café são uma forma prática de obter uma xícara rapidamente e sem surpresas sobre o sabor. Afinal, a dose de água e pó é sempre a mesma e não tem como errar.

Mas a conveniência representada por essa tecnologia que já existe há meio século, mas só se popularizou para valer na última década veio acompanhada de uma série de polêmicas: do impacto ambiental a possíveis malefícios à saúde, muita gente segue com um pé atrás na hora de trocar o cafezinho tradicional por uma versão em cápsula.

Será que os temores são atestados pela ciência? Veja o que se sabe.

+Leia também: Os benefícios do café para a sua saúde

Café em cápsula faz mal à saúde?

Não há evidências científicas robustas para fazer essa afirmação. A suspeita de que as cápsulas podem provocar algum dano à saúde se refere aos materiais com que elas são feitas majoritariamente plástico e alumínio somado à forma de preparo do café, com água quente passando por ali.

Isoladamente (fora do contexto das cápsulas de café), essas substâncias têm sido estudadas por associação com alterações hormonais, o desenvolvimento de cânceres e até um risco elevado de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Mas essas relações não estão confirmadas pela ciência e nenhuma associação forte entre as cápsulas e esses problemas foi comprovada de forma definitiva até o momento.

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Em 2020, por exemplo, um estudo francês que conquistou manchetes discutiu como as cápsulas de café usadas no país teriam uma maior quantidade de produtos químicos estrogênicos do que aquele feito na prensa francesa tradicional. Mas as conclusões não foram alarmistas: mesmo aparecendo em um nível maior, sua presença ainda era considerada ínfima para levar a qualquer problema.

Ou seja, até onde se sabe, o café em cápsulas não faz mal à saúde.

Impactos no meio ambiente

A outra grande polêmica em torno das cápsulas de café é o gigantesco volume de lixo que elas geram. Seus materiais são de difícil reciclagem e, na maioria dos casos, vão parar em aterros sanitários sem qualquer perspectiva de reutilização.

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Mas também nesse caso a ciência aponta que é preciso observar as nuances. De modo geral, a maior “contribuição” do café aos problemas ambientais é a própria produção dos grãos, independentemente da forma como o pó é preparado no final. O feitio do café em casa também tem seus próprios impactos, gastando água e energia (seja pela própria cafeteira elétrica, seja queimando gás para esquentar a água no fogão).

Em 2023, pesquisadores canadenses publicaram uma análise comparando diferentes métodos de fazer café e concluíram que, quando o assunto é emissão de gases do efeito estufa, outros métodos acabam sendo mais danosos que as cápsulas: enquanto elas usam uma dose fixa de pó e água, é comum haver mais exagero em outras preparações. Em média, as pessoas desperdiçam mais matéria-prima quando fazem café por conta própria.

Não quer dizer que as cápsulas sejam inócuas, já que a poluição gerada pelo lixo produzido é problemática por si só. Mas a conclusão convida à reflexão sobre como há muito mais preocupações ambientais em torno de uma xícara do que o óbvio resíduo deixado por uma cápsula.

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Enquanto os cientistas ainda se debruçam sobre os possíveis impactos à saúde, a recomendação segue o simples: para o bem da natureza e do seu próprio corpo, consuma com moderação. Uma dica que também vale para qualquer café “normal”, já que o consumo excessivo de cafeína tem muito mais potencial comprovado de causar problemas na digestão, na insônia e na ansiedade, por exemplo.

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