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As algas spirulina e chlorella são mesmo benéficas?

Em geral vendidas em cápsulas, elas realmente carregam benefícios, como o combate à anemia. Confira suas vantagens — e limitações

Por Thiago Nepomuceno
Atualizado em 17 nov 2017, 12h31 - Publicado em 16 nov 2016, 19h04
Spirulina Chlorella o que é
Em geral vendidas em cápsulas, elas viraram febre nacional. Vale a pena consumi-las? (Foto: Mitch Hrdlicka/Getty Images)
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Para começo de conversa, vamos fazer uma pequena correção: apenas a chlorella é uma alga. Já a spirulina cai na categoria das cianobactérias, isto é, micro-organismos que se alimentam por meio da fotossíntese. Detalhes biológicos à parte, a dupla é geralmente consumida em formato de cápsulas, sob a promessa de trazer uma série de benefícios.

Segundo o professor da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, o engenheiro de alimentos Gabriel Luis Castiglioni, elas carregam, sim, atributos. Ambas, por exemplo, destacam-se pela concentração de certos nutrientes, sobretudo a vitamina B12. Para quem não conhece, essa substância ajuda a manter o cérebro em pleno funcionamento e é crucial para a formação das células vermelhas do sangue — a carência dela, portanto, resulta em anemia.

A questão é que, entre os alimentos do dia a dia, a vitamina B12 só está presente em carnes, leite, queijos e ovos. Ou seja, consumir a dupla pode repor a falta desse micronutriente na turma ovolactovegetariana. “Aliás, a chlorella tem um alto conteúdo proteico de fácil absorção, o que a torna ainda mais interessante para quem não come carne”, ressalta Castiglioni.

Também é possível que a ingestão da spirulina e de sua companheira deem uma forcinha nas tentativas de emagrecimento. Isso porque as doses fartas de proteínas ajudariam a trazer uma sensação de saciedade que evita exageros à mesa. Agora, não pense que elas vencerão sozinhas a luta contra a balança. O ideal, inclusive, é recorrer a elas somente com o aval de um especialista.

Apesar de suas potenciais proezas, é imprudente chamá-las de superalimentos — o que vem acontecendo com frequência nos últimos tempos. “Elas não suprem a necessidade de todos os nutrientes que o corpo precisa”, atesta Castiglioni.

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Como qualquer comprimido, a ingestão deve ser feita com cautela e supervisão. Embora não existam evidências de que a spirulina ou a chlorella causem reações adversas até o momento, vê-las como soluções milagrosas é uma ameaça por si só. Nem elas nem qualquer alimento vão conferir saúde sem um estilo de vida balanceado.

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