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11 marcas de azeite são reprovadas em teste de qualidade

A associação Proteste avaliou várias marcas e constatou que cinco produtos nem podem ser considerados azeite de oliva

Por Mariana Fonseca (Exame.com)
Atualizado em 8 out 2018, 16h08 - Publicado em 19 dez 2017, 15h20
azeite lampante teste proteste
Nova avaliação da Proteste volta a trazer resultados preocupantes (Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital)
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A Proteste, Associação Brasileira de Direitos do Consumidor, fez um novo teste com marcas de azeite de oliva e elencou as aprovadas e reprovadas.

Para a organização, cinco das 29 marcas analisadas nem deveriam ser classificadas como azeite, enquanto seis comercializam azeite virgem, e não extravirgem. Ao todo, foram 11 marcas reprovadas.

As marcas Borgel, Do Chefe, Lisboa, Malaguenza e Tradição Brasileira teriam azeites fraudados. “Esse foi o resultado que encontramos nos lotes específicos que avaliamos em laboratório. Além disso, nossas análises sensoriais mostraram que, na verdade, eles são azeites lampantes, ou seja, produtos indicados ao uso industrial, e não à alimentação humana, por seu cheiro forte e sua acidez elevada”, afirmou a Proteste em seu relatório.

Por meio de uma análise sensorial, a Proteste também concluiu que os azeites das marcas Beirão, Broto Legal, La Española, Mondegão, Serrata e Tordesilha deveriam ser classificados como virgens, e não extravirgens, como se anuncia nos rótulos comercializados.

“A prática de vender um produto misturado como azeite de oliva puro não causa riscos ao organismo, mas lesa o seu bolso e as suas expectativas nutricionais: você paga mais caro por um item que deveria ser mais barato e essa mistura de óleos não vai trazer os benefícios à saúde que você esperava.”

Para fazer o teste de qualidade dos azeites, a Proteste compra os produtos em mercados e os leva a laboratórios confidenciais, acreditados pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e pelo Conselho Oleícola Internacional (COI). Alguns pontos analisados são acidez, análise sensorial, conservação, fraudes, qualidade e rotulagem. Veja mais detalhes do teste aqui.

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A associação disse ter informado a ocorrência das fraudes ao Ministério Público, à Secretaria Nacional do Consumidor e ao Ministério da Agricultura.

Do outro lado da moeda, os produtos mais bem avaliados foram os das marcas Filippo Berio e O-live, enquanto os produtos Cocinero e Carrefour Discount foram identificados como os melhores resultados avaliando o custo-benefício.

Direito de resposta

A Bunge, produtora do azeite La Española, enviou ao Site EXAME seu posicionamento:

Em relação ao resultado de testes com azeites de oliva, divulgado pela Proteste hoje, que classificou uma amostra do azeite La Española como “fora de tipo”, a Bunge informa que os parâmetros iniciais do lote avaliado 29516 estavam dentro do determinado pela legislação no momento de sua classificação pelos órgãos reguladores.

Ocorre, entretanto, que tais parâmetros podem ser alterados em decorrência de condições inadequadas de armazenamento até chegar às mãos do consumidor. Por essa razão, novas análises estão sendo providenciadas.

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A Bunge esclarece também que esse resultado confirma que o produto não estava contaminado e/ou impróprio para consumo, nem foi considerado fraudado. A Bunge lamenta o ocorrido e reafirma seu compromisso com a qualidade e a transparência com os seus consumidores.

A Natural Alimentos, responsável pelo azeite Lisboa, também se pronunciou:

Trata-se de conteúdo amplamente divulgado no passado e que retorna agora não sabemos com qual intuito.

Na época a empresa teve que demitir metade de seus colaboradores. De lá para cá, a Natural Alimentos trabalha arduamente para o fortalecimento da marca com outros produtos absolutamente dentro das legislações vigentes.

Por esse motivo, ressaltamos que qualquer divulgação negativa acerca do nome Lisboa pode comprometer as vendas de outros produtos que levam a mesma marca.

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O lote mencionado não está mais nos supermercados deste setembro de 2016. A empresa o retirou das prateleiras por distorções de qualidade nos produtos importados e por isso também não comercializa mais desde o início desse ano.

Atualmente são envasados pela Natural Alimentos óleos mistos e temperos a base de azeite de oliva saborizados, estritamente, adequados à legislação brasileira e, portanto, com produtos de qualidade e procedência autênticas.

A Natural Alimentos foi a primeira empresa autorizada pela ANVISA a fabricar e comercializar óleo misto e temperos saborizados no Brasil.

A Empresa cumpre restritamente a legislação brasileira em todos os aspectos em que atua. Somos uma empresa Brasileira de 12 anos, possuímos mais de 150 colaboradores (diretos e indiretos).

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O nosso time de profissionais incluindo engenheiros e técnicos em alimentos, administradores, gestores em saúde alimentar, especialistas em tecnologia e produção, trabalha com a missão de produzir produtos de alta qualidade e facilitar a vida do consumidor.

As marcas Broto Legal, Beirão, Mondegão, Malaguenza e Serrata foram contatadas por e-mail ou por formulários em seus sites e, até o fechamento desta reportagem, não responderam ao pedido de posicionamento. As marcas Borgel, Do Chefe, Tradição Brasileira e Tordesilhas não foram localizadas.

Este conteúdo foi publicado originalmente na Exame.com

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