Gênios de bico, penas e asas: aves são mais inteligentes do que se imagina

Elas cultivam algo semelhante à nossa linguagem, criam e usam ferramentas, planejam onde guardar (e como roubar) alimentos e são dotadas de um GPS interno que lhes permite viajar sem se perder por milhares de quilômetros.

As aves nos surpreendem na obra da escritora americana especializada em natureza Jennifer Ackerman, recém-publicada pela Editora Fósforo.

Em A Inteligência das Aves (clique para ver e comprar), somos apresentados aos bastidores da cognição desses animais, por anos tidos como inferiores aos mamíferos. E eles revelam que diversas espécies de pássaros desenvolveram e compartilham habilidades engenhosas para se comunicar, achar comida, cuidar da prole e migrar pelo mundo.

Jennifer reúne anos de observações e viagens pelo mundo a estudos feitos por cientistas ao redor do globo para mostrar como corvos, papagaios, pombas e até pardais viraram “cases de sucesso” cognitivo ao longo da sua história evolutiva.

A Inteligência das Aves
Autora: Jennifer Ackerman
Editora: Fósforo
Tradução: Reinado José Lopes e Tania Lopes
Páginas: 368

Pura habilidade

Exemplos de proezas cognitivas das aves, segundo a obra de Jennifer Ackerman:

Invenção: pássaros como corvos desenvolvem ferramentas com o que encontram por aí para capturar larvas e outros alimentos na natureza.

Memória: algumas espécies elaboram um mapa mental que abrange quilômetros para estocar a comida e encontrá-la depois.

Imitação: papagaios e cotovias simulam a linguagem de outros animais — e não só de aves. Tática para se dar bem em diversos meios.

Colaboração: não bastasse a aliança forjada nos bandos, há indícios de que alguns pássaros recompensam e presenteiam os outros.

Navegação: aves como pombas possuem um GPS natural, uma capacidade única de se situar e chegar ao lugar desejado.