A cognição dos cachorros, assim como a nossa, também pode começar a vacilar com o avanço da idade. Uma boa dose de diversão, porém, ajuda a minimizar as perdas.
Um experimento americano associou a socialização e a prática de exercícios ao crescimento do hipocampo canino, área cerebral responsável pela memória. O aumento foi flagrado em exames de ressonância de dezenas de cães acompanhados ao longo de três anos — com ou sem suporte de medicações contra demência. Os resultados foram publicados em abril na revista científica The Journal of Neuroscience.
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“O enriquecimento comportamental é um dos alicerces da prevenção e do tratamento da condição”, resume Thiago Teixeira, diretor do centro veterinário Nouvet, em São Paulo.
Enquanto não há cura, a ciência reforça: a variedade de estímulos colabora para afiar as conexões neurais e preservar as lembranças dos amigos de quatro patas.
Sinais de demência em cães
- Mudanças comportamentais, como trocar o dia pela noite, são sinais de alerta para perda cognitiva;
- Desorientação frequente entre animais idosos levanta suspeita e merece investigação;
- Excesso de latidos, uivos e choros também são comuns entre cachorros com demência.
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Marcado na memória
Declínio afeta dois terços dos cães com mais de 15 anos, segundo estudo americano
Suspeita e detecção
O diagnóstico é dado após análise de exames de sangue, tomografias e exclusão de doenças infecciosas.
Dia a dia adaptado
Sem cura, a condição é manejada com fármacos e atividades orientadas pelo veterinário de confiança.
O peso da idade
Segundo o estudo Dog Aging Project, o risco de demência cresce 52% anualmente após a primeira década de vida.
Cuidar para evitar
Manter uma rotina ativa, boa alimentação e consultas em dia ajuda a promover uma velhice saudável ao seu cão.