Cuidar de um cão melhora a qualidade de vida ao envelhecer
A ciência comprova: os animais estimulam os donos a se exercitar e cultivar relacionamentos a despeito da idade
Conviver com um cachorro é algo que mescla prazer e responsabilidade. Tem que passear, dar banho, comida e vacina, fazer carinho, levar ao veterinário… Mas a recompensa é tremenda — inclusive para a nossa saúde.
Não bastassem os benefícios emocionais, a rotina de afagos e cuidados promove um envelhecimento mais ativo em todos os sentidos.
Foi o que constatou um estudo japonês ao acompanhar por três anos mais de 11 mil pessoas na faixa etária dos 65 aos 84. Os idosos que tinham um cão apresentavam menor risco de sofrer com deficiências cognitivas e motoras.
Segundo os autores da pesquisa, os cuidados diários com os bichos demandam movimento físico e aptidões como memória e raciocínio — não tem horário para o passeio ou a ração, por exemplo? São funções que dão apoio, nas palavras dos cientistas, a um “envelhecimento bem-sucedido”.
De acordo com os pesquisadores, gatos não promoveriam o mesmo “efeito” dos cães pois não exigem tanto dos tutores.
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Todo mundo ganha
Por que ter um cachorro nos ajuda a viver melhor
Atividade
Apenas o fato de levar o animal para passear fora de casa já é uma forma de movimentação diária para o idoso. Bom para a saúde dos dois.
Socialização
Passear na rua gera interação social: a gente fala com outras pessoas, conhece outros tutores… E a rotina ganha mais relacionamentos.
Companhia
A solidão é uma pedra no sapato de muitos idosos. Nesse sentido, viver com um cachorro diminui o sofrimento psicológico.
Compromisso
Ter obrigações com o cão estimula o cérebro a trabalhar, evitando falhas cognitivas. E ajuda a não esquecer as próprias demandas de saúde.