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Ter celular muito cedo piora saúde mental na vida adulta, diz estudo com 100 mil pessoas

Quem tem acesso a smartphones antes dos 13 anos de idade tem maior risco de apresentar pensamentos suicidas, baixa autoestima e descolamento da realidade

Por Larissa Beani Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 ago 2025, 15h56 - Publicado em 14 ago 2025, 15h53
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Estudo que avaliou mais de 100 mil jovens associa acesso precoce ao smartphone a pior saúde mental (Freepik/Freepik)
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Ter um smartphone antes de completar 13 anos pode piorar a saúde mental nos primeiros anos da vida adulta. Eis a conclusão de um estudo que avaliou o bem-estar de mais de 100 mil pessoas ao redor do mundo.

Ao avaliar adultos de 18 a 24 anos de idade, a pesquisa revelou que aqueles que haviam ganhado o primeiro celular com 12 anos ou menos relatavam mais pensamentos suicidas, agressões, descolamento da realidade, baixa autoestima e menor capacidade de regular as emoções — em comparação com quem recebeu o dispositivo a partir dos 13 anos.

O levantamento também traz evidências de que esses prejuízos estão relacionados, mais especificamente, ao acesso às redes sociais. Fazer parte dessas redes antes dos 13 anos está associado a maior risco de problemas como cyberbullying, distúrbios do sono e relações familiares fracas na vida adulta.

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“Com base nessas descobertas, e com a idade de ter os primeiros smartphones agora bem abaixo dos 13 anos em todo o mundo, rogamos aos formuladores de políticas a adoção de uma abordagem preventiva, semelhante às regulamentações sobre álcool e tabaco”, urge, em comunicado à imprensa, a matemática e neurocientista Tara Thiagarajan, fundadora e cientista-chefe da Sapien Labs, projeto global que tem a maior base de dados sobre saúde mental do mundo.

Algumas medidas sugeridas pela especialista são a restrição ao acesso a smartphones por menores de 13 anos, a implementação da alfabetização digital nas escolas e o reforço à responsabilidade das empresas do ramo sobre esse problema que afeta infâncias e juventudes em todo o globo.

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+ Leia também: O que o vídeo de Felca revela sobre os riscos da adultização de crianças

A análise

Publicada na Journal of Human Development and Capabilities, a pesquisa utilizou o Quociente de Saúde Mental (MHQ), índice criado pela Sapien Labs para medir o bem-estar de um indivíduo. 

A escala avalia dezenas de aspectos do bem-estar divididos em seis dimensões (humor e perspectivas, sociabilidade, resiliência, impulso e motivação, cognição, conexão mente-corpo). 

Foram avaliados dados de mais de 100 mil jovens de 18 a 24 anos de 160 países que compõem a base de dados da iniciativa.

Entre os principais achados está o de que o MHQ não só é menor entre aqueles que tiveram o primeiro celular antes dos 13 como tende a diminuir quanto mais cedo a criança tem acesso a ele.

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Enquanto aqueles que ganharam o dispositivo aos 13 anos tem um índice de 30, aqueles que receberam acesso aos cinco anos de idade pontuaram apenas 1 — em uma escala que pode ser até mesmo negativa (a pontuação vai de -100 a +200).

Os principais sintomas de estresse e sofrimento associados ao uso precoce de celular foram pensamentos suicidas, agressão, descolamento da realidade e alucinações. Esses sinais afloraram em 9,5% das meninas e 7% dos meninos que tiveram o primeiro smartphone antes dos 13.

Entre as garotas, é mais comum observar também problemas de autoimagem, autoestima e confiança; enquanto os garotos demonstram menos estabilidade emocional, autoestima e empatia.

O acesso precoce também às redes sociais pode explicar cerca de 40% desses problemas, enquanto relações familiares empobrecidas estão ligadas à 13%. Distúrbios de sono e cyberbullying estão associados em 12 e 10% dos casos, respectivamente. 

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+ Leia também: Infância e adolescência são curtas demais para viver no smartphone

Como proteger as crianças?

Em março, o governo federal lançou o “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”, que reúne as principais orientações para pais e responsáveis protegerem menores dos riscos do acesso precoce à internet e a aparelhos.

O guia reforça a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que os jovens não tenham seu smartphone próprio antes de completar 13 anos — e, quando tiverem a idade adequada, o uso deve ser monitorado pelos pais.

Além disso, outra orientação relevante é a de que, até os 2 anos, crianças não devem ter acesso às telas (exceto para participarem de videochamada com familiares acompanhadas pelos pais).

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