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TEI: o que é e como tratar o transtorno explosivo intermitente

Também conhecido como síndrome do Hulk, distúrbio pode começar na infância e trazer sérios prejuízos

Por Sílvia Lisboa
4 jun 2024, 16h02
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  • O transtorno explosivo intermitente (TEI) é uma explosão de raiva descabida e não premeditada diante de uma situação corriqueira, seguida por vergonha ou culpa, que se repete frequentemente ou de modo a afetar as relações familiares e sociais.

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    A condição atinge até 3% da população. Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é mais prevalente em homens do que em mulheres e pode começar ainda na infância.

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    Também conhecido como síndrome do Hulk, o personagem que vira um monstro verde quando irritado, o TEI está no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM, desde sua primeira edição. Antes catalogado como um distúrbio de controle de impulsos, ele ganhou um maior detalhamento de sintomas a partir dos anos 1980, quando recebeu sua alcunha atual.

    +Leia também: Síndrome do Incrível Hulk: o que esse herói tem a ver com a saúde mental 

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    Como identificar os principais sintomas do TEI

    A desproporcionalidade da reação diante de uma situação simples é o primeiro e mais forte indício do transtorno explosivo intermitente. Perder a chave do carro, errar um gol ou receber um “não” desperta uma ira que se manifesta em agressões verbais e físicas, podendo desembocar na violência doméstica. Crianças podem jogar objetos longe ou contra pessoas.

    Estes ataques explosivos, que ocorrem de forma intermitente, causam angústia e arrependimento. O comportamento pós-ataque pode sugerir que o indivíduo com TEI tem consciência do problema e pode resolvê-los por conta própria, desde que tenha uma boa dose de força de vontade.

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    Essa noção, porém, costuma ser enganosa: apenas atrasa o diagnóstico e traz mais sofrimento. Indivíduos com TEI não tratado estão mais propensos a abuso de drogas, acidentes, divórcios e demissões.

    As explosões aleatórias podem ser caracterizadas por:

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    O TEI pode começar na infância, após os 6 anos, ou durante a adolescência. Crianças que veem ou passam por situações familiares e escolares violentas, como o bullying, são mais propensas a desenvolver o distúrbio.

    É importante diferenciar as explosões da TEI de birras infantis: o primeiro caso é marcado pela intensidade e desproporção diante do fato que gerou a reação. Os episódios devem ocorrer pelo menos duas vezes na semana, ao longo de três meses, ou de forma mais espaçada, mas com graves prejuízos.

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    O TEI também pode estar associado à ansiedade, à depressão, ao transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e à personalidade antissocial. A Associação Americana de Psiquatria alerta também para a semelhança com o transtorno disruptivo da desregulação do humor (TDDH), uma condição em que os ataques de fúrias também são característicos.

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    Como tratar o TEI

    Para ser eficaz, um tratamento para o transtorno explosivo intermitente envolve psicoterapia e medicação para controle dos impulsos. É importante deixar claro que os indivíduos têm consciência do impacto dos seus atos, mas não têm controle sobre eles.

    Ou seja, quem sofre de TEI precisa de ajuda profissional, algo que também deve servir de alerta aos familiares. O transtorno tem associação com comportamentos suicidas após os acessos de fúria, que causam vergonha e sentimentos de inadequação.

    A terapia cognitivo-comportamental, a mais indicada para a TEI, envolve aprendizados de como controlar a raiva e desfazer padrões de pensamentos que favorecem os acessos de fúria. As medicações mais usadas são antidepressivos ou estabilizadores do humor.

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