O novo normal, com home office, reuniões virtuais e medo de perder o emprego, bagunçou ainda mais a conexão emocional com o trabalho, tornando essa pauta ainda mais urgente no país.
Em um levantamento com 488 profissionais de RH realizado pela Kenoby, startup de seleção e recrutamento digital, 93% dos entrevistados acreditam que falta um olhar das empresas para o assunto — em 67% das companhias onde eles atuam houve colaboradores afastados por algum problema do tipo.
Em outra pesquisa, conduzida pela Vitalk com 420 pessoas, praticamente metade dos profissionais nunca falou sobre saúde mental no escritório. “Há muitas ações que podem ser feitas, mas nada será efetivo se a empresa não se posicionar institucionalmente para criar um ambiente de segurança psicológica”, diz Fábio Sato, um dos diretores da plataforma de cuidados mentais.
Os números falam por si
A visão do RH: o olhar desses profissionais para o bem-estar mental, segundo estudo da Kenoby
- 488 profissionais de RH entrevistados de todo o Brasil
- 93% creem que falta um olhar das empresas para a saúde mental
- 40% não veem prioridade da empresa em montar uma área voltada a isso
- 67% relatam afastamentos de colaboradores por problemas emocionais
- 62% das companhias não oferecem benefícios nesse campo aos funcionários
Líder e liderados: pesquisa da Vitalk e da Mindminers mostra o que pensam gestores e funcionários
- 420 trabalhadores entrevistados (40% líderes; 60% liderados)
- 41% acham que o chefe tem impacto negativo em sua saúde mental
- 50% dos liderados nunca falaram sobre saúde mental no trabalho
- 19% das lideranças não se sentem confortáveis em abordar o tema
- 90% dos respondentes pensam que a empresa deve priorizar o bem-estar dos funcionários