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O que é autismo, das causas aos sinais e o tratamento

Não dá para limitar esse transtorno a um maior isolamento social. Conheça suas características e como lidar com ele

Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro
Atualizado em 31 mar 2023, 12h58 - Publicado em 2 abr 2018, 14h53
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  • Estima-se que 2 milhões de brasileiros tenham o Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou simplesmente autismo. No planeta, a Organização Mundial da Saúde fala em 70 milhões.

    O distúrbio está relacionado a dificuldades de comunicação e interação social e, nos casos mais evidentes, costuma ser identificado logo na infância.

    O que é o autismo

    O autismo é um problema psiquiátrico que costuma ser identificado entre 1 ano e meio e 3 anos, embora os sinais iniciais às vezes apareçam já nos primeiros meses de vida.

    Que fique claro: os autistas apresentam o desenvolvimento físico normal. Mas eles têm grande dificuldade para firmar relações sociais ou afetivas e dão mostras de viver em um mundo isolado.

    Anteriormente o problema era dividido em cinco categorias, entre elas a síndrome de Asperger. Hoje, ele uma única classificação, com diferentes graus de funcionalidade e sob o nome técnico de transtorno do espectro do autismo. O jeito de lidar com cada um varia.

    + Leia também: O novo retrato do autismo

    Impactos no dia a dia

    Na forma qualificada como de baixa funcionalidade, a criança praticamente não interage, vive repetindo movimentos e apresenta atraso mental. O quadro provavelmente vai exigir tratamento pela vida toda.

    Na média funcionalidade, o paciente tem dificuldade de se comunicar e repete comportamentos.

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    Já na alta funcionalidade, esses mesmos prejuízos são mais leves, e os portadores conseguem estudar, trabalhar e constituir uma família com menos empecilhos.

    Há ainda uma categoria denominada savant. Ela é marcada por déficits psicológicos, só que com uma memória fora do comum, além de talentos específicos.

    + Veja também: Autismo em 90 segundos

    As causas por trás do autismo

    O autismo não possui causas totalmente conhecidas, porém há evidências de que haja predisposição genética para ele.

    Outros reportam o suposto papel de infecções durante a gravidez e mesmo fatores ambientais, como poluição, no desenvolvimento do distúrbio.

    Sinais de autismo

    Alguns comportamentos acendem o sinal amarelo, e devem ser discutidos com o pediatra que acompanha a criança.

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    O diagnóstico precoce, aliás, é fundamental para iniciar terapias que ajudam a lidar com as repercussões mais frequentes do quadro.

    Conheça algumas pistas importantes:

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    Fatores de risco

    Não existe uma causa específica para o autismo. Ele é considerado um transtorno multi-fatorial. Fala-se em 50% de causas genéticas e 50% de causas ambientais.

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    Conheça alguns fatores de risco:

    A prevenção

    Na falta de causas comprovadamente capazes de provocar o autismo, a recomendação para as grávidas é evitar ambientes com alto nível de poluição, exposição a produtos tóxicos e ingestão de bebida alcoólica, por exemplo.

    Outra medida bem-vinda é se vacinar contra rubéola para evitar essa doença infecciosa durante a gestação.

    + Leia também: Zooterapia: os papel dos bichos em tratamentos de saúde

    O diagnóstico do autismo

    Não existem exames laboratoriais ou de imagem que ajudem a identificar o autismo. Em geral, o médico considera o histórico do paciente, a observação de seu comportamento e os relatos dos pais.

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    A partir daí, ele costuma seguir critérios estabelecidos pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ou pela Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde.

    São observados ainda traços como inabilidade para interagir socialmente e comportamento restritivo e repetitivo.

    Se por um lado há autistas gravemente incapacitados, que não conseguem nem falar, por outro se encontra o problema em pessoas com alto desempenho em alguma habilidade, como pintar ou fazer contas matemáticas.

    Pacientes de alta funcionalidade, com ausência dos sinais clássicos da doença, muitas vezes acabam recebendo o diagnóstico correto apenas quando adultos.

    Use a caixa de busca ou clique no índice para encontrar o verbete desejado:
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    O tratamento do autismo

    Não há cura para o autismo. Remédios para lidar com ele só são prescritos na presença de agressividade e de outras doenças paralelas, como depressão.

    O tratamento deve ser multidisciplinar, englobando médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos. Em resumo, tudo isso visa incentivar o indivíduo a realizar, sozinho, tarefas como se vestir, escovar os dentes e comer.

    Isso, claro, sempre de acordo com o grau de dificuldade de cada criança. Quando as intervenções são feitas precocemente, há boa chance de melhora nos sinais do autismo.

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