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Depressão: o melhor é tomar remédio ou fazer terapia?

Segundo estudo, exame neurológico pode indicar o que é mais indicado para cada paciente

Por Vand Vieira
Atualizado em 26 fev 2019, 10h06 - Publicado em 1 abr 2017, 16h02
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Ressonância magnética pode ser uma importante ferramenta para médicos e pacientes que sofrem com depressão (Foto: Divulgação/SAÚDE é Vital)
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Você sabia que não existe só uma versão de depressão? “Assim como ocorre com diferentes tipos de câncer, diferentes quadros de depressão demandam tratamentos específicos”, informou Helen Mayberg, professora de Psiquiatria, Neurologia e Radiologia da Universidade Emory, nos Estados Unidos. Ou seja, enquanto algumas pessoas vão se dar melhor com remédios, outras têm mais benefícios com a terapia cognitivo comportamental.

Mas como saber o que é melhor para cada indivíduo? Com essa pergunta em mente, pesquisadores liderados por Helen decidiram investigar se padrões de atividade cerebral podem auxiliar na decisão do médico. Para a experiência, eles recrutaram 344 voluntários. Logo de cara, todos os participantes fizeram uma ressonância magnética da massa cinzenta. A ideia dos cientistas era usar esses dados para confirmar, mais tarde, se o estado inicial do cérebro influenciaria na eficácia dos dois tratamentos – com remédio e à base de terapia.

Depois de 12 semanas, os experts viram que sim. Isto é: o grau de conectividade entre três partes do cérebro e uma importante região que processa emoções interferiu no resultado do tratamento.

Para sermos mais exatos, quando a conexão entre essas áreas era considerada positiva, os pacientes tinham mais chance de ver a remissão da doença com a ajuda da terapia cognitivo comportamental. Por outro lado, as pessoas identificadas com uma conexão negativa (ou inexistente), apresentaram maior probabilidade de vencer a depressão usando remédios.

É uma ótima notícia. De acordo com Helen, ultimamente seus estudos mostram que certas características, como idade, sexo e até a preferência do paciente em relação ao tipo de intervenção, não são tão boas para prever o sucesso do tratamento quanto às análises do cérebro.

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Ainda assim, é necessário fazer mais estudos para confirmar esse achado. E convenhamos que, no mínimo, não será fácil submeter diversos pacientes com depressão a um exame desses. Hoje em dia, surgem alternativas como testes genéticos, capazes de identificar quais fármacos funcionariam melhor para cada indivíduo.

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