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Consumo de álcool é um dos principais fatores de risco para o suicídio

Aproveite o Setembro Amarelo, o mês de prevenção ao suicídio, para conhecer o estudo brasileiro que reforça o elo entre esse problema e bebidas alcoólicas

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 3 jul 2019, 13h22 - Publicado em 17 set 2018, 15h56
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  • O suicídio é um tema que, apesar de delicado, merece ser discutido. Até porque em 90% dos casos ele pode ser prevenido. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade São Paulo (USP) estudaram um fator bastante associado a esse problema: o consumo de álcool.

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    Eles analisaram os exames toxicológicos de 1 700 pessoas que se mataram entre 2011 e 2015 na cidade de São Paulo. Os dados foram coletados do Instituto de Medicina Legal.

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    Resultado: 30,2% das amostras acusava algum grau de teor alcoólico no sangue. Entre os homens, a porcentagem chegou a 34,7%. Ou seja, aproximadamente um terço das pessoas que tiraram a própria vida havia ingerido pelo menos alguns goles momentos antes desse ato.

    Um dos líderes do estudo, Raphael Eduardo Marques Gonçalves afirma que o objetivo era problematizar essa associação para que mais pesquisas sejam realizadas, principalmente na área de saúde mental. “Queremos auxiliar na elaboração e implantação de estratégias preventivas e, assim, reduzir o número de suicídios e dos custos relacionados”, completa o perito criminal da Polícia Técnico-Científica de São Paulo.

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    O perfil das vítimas

    De acordo com dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a principal causa de suicídio no Brasil são os transtornos afetivos (cerca de 36%), como depressão e ansiedade. Em segundo lugar (23%) está a dependência por substâncias psicoativas, a exemplo das bebidas alcoólicas.

    “O álcool modifica o funcionamento mental de quem o consome. Os indivíduos ficam desinibidos e perdem o senso crítico e a capacidade de julgamento”, justifica o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, coordenador Nacional da Campanha Setembro Amarelo, o mês de prevenção ao suicídio. Fora isso, o abuso dessa e de outras drogas é frequentemente vinculado a situações de fragilidade social, que também predispõem a atitudes extremas.

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    No trabalho da USP, a maior parte dos casos de suicídio corresponde a adultos jovens: 49% possuíam entre 25 e 44 anos. E, dentro dessa faixa etária, mais de 61% dos episódios foram atrelados ao consumo de álcool.

    Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 11 mil indivíduos tiram suas vidas todos os anos. Entre brasileiros de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de morte.

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