Bipolaridade no espelho: as memórias de quem convive com a doença
Estudiosa e portadora do distúrbio, psicoterapeuta americana reflete sobre ele e suas vivências em livro recém-lançado no Brasil
A americana Kay Redfield Jamison conhece em primeira pessoa o transtorno afetivo bipolar — ou transtorno maníaco-depressivo, nome que ela prefere e utiliza. Ela não só é uma psicoterapeuta que há décadas estuda e trata a condição como foi diagnosticada com ela na juventude.
E tomou uma decisão corajosa e inusual no meio: relatar suas memórias e pontos de vista convivendo com a doença, marcada pela alternação entre episódios de mania e depressão.
Em um dia, Kay estava eufórica viajando ou comprando dezenas de livros; logo depois, caía num estado de prostração e aventava o suicídio.
Na obra TAB: Transtorno Afetivo Bipolar – Memórias, da Somos Livros (clique para ver e comprar)., ela relembra sua resistência ao tratamento medicamentoso à base de lítio, os apuros e as vantagens que o transtorno lhe proporcionou e demonstra, com sua própria biografia, o papel da psicoterapia, dos remédios e do suporte social (ou mesmo o amor) no controle da bipolaridade.
TAB: Transtorno Afetivo Bipolar — Memórias
Autora: Kay Redfield Jamison
Editora: Somos Livros
Páginas: 224
Por dentro do transtorno
- Manifestações: o transtorno afetivo bipolar se caracteriza por momentos de mania e euforia intercalados com períodos depressivos. Também pode gerar surtos psicóticos.
- Diagnóstico: leva em conta esses sintomas e o histórico familiar e de vida do paciente. Há um forte componente hereditário associado ao problema.
- Tratamento: engloba medicações como o lítio, os anticonvulsivantes e os antidepressivos, sessões de psicoterapia e o suporte familiar e social.