A terapia psicodélica para tratar depressão, vícios e ansiedade
Ícones da contracultura, drogas como LSD e cogumelo podem revolucionar o tratamento de doenças psiquiátricas, defende livro
As substâncias psicodélicas, tão associadas a viagens mentais e alucinações, vivenciam uma redenção aos olhos da ciência. Caçadas durante a guerra às drogas promovida pelo governo americano a partir dos anos 1960, elas protagonizam, em caráter experimental, estudos promissores no tratamento de depressão, vício, obsessões e ansiedade.
É esse horizonte que vislumbramos em Como Mudar sua Mente, uma jornada que combina jornalismo, história, neurociência e relatos pessoais de Michael Pollan. Além de desbravar a nova safra de pesquisas com LSD, cogumelo e companhia – a primeira rolou na primeira metade do século 20 -, o escritor se submeteu, ele mesmo, a “viagens” guiadas com algumas dessas drogas.
Aí que está: a terapia assistida por psicodélicos requer um guia e um ambiente preparados para gerar resultados e transformações profundas. As perspectivas soam animadoras.
Ainda assim, as pesquisas com psicodélicos para transtornos psiquiátricos estão em curso. Nada de usar por conta!
Como os psicodélicos poderão ser úteis contra problemas da mente
LSD: criado em um laboratório suíço em 1943 e hoje proibido, controlaria ansiedade e depressão sem viciar.
Ecstasy: amplia a empatia entre as pessoas e ajuda a modular pensamentos – pode ter efeitos adversos no coração.
Psilocibina: hoje sintética, é o princípio ativo de um cogumelo mexicano. Enfrentaria depressão, obsessão e vícios.
Ayahuasca: chá de plantas usado em rituais espirituais, pode ajudar em casos de dependência química.