A revista que o leitor e a leitora têm em mãos é histórica — e quero agradecê-los logo de cara porque, em primeira e última instância, a razão de existir dela reside em vocês aí em frente à página ou à tela. Chegamos à marca de 500 edições de VEJA SAÚDE, que nasceu SAÚDE É VITAL!, em quatro décadas de trajetória.
Poucas marcas jornalísticas ostentam esse vigor no país. E, claro, só podíamos elaborar um número especial para reverenciar o momento e quem nos acompanha… No papel e no digital… Nos dois lados da publicação, o de quem prepara e o de quem degusta o conteúdo.
Por isso trazemos, ao longo da edição, nomes que fazem e fizeram a história e o sucesso deste projeto, do qual buscamos manter vivo o legado. No artigo do Com a Palavra, ninguém menos que a professora e precursora deste que vos escreve, Lúcia Helena de Oliveira, jornalista pioneira na cobertura de saúde e a cabeça por trás da projeção da marca.
No espaço dos colunistas, Em Primeira Pessoa, nosso revisor, Ronaldo Barbosa, abre seu coração em um texto emocionante sobre a sua experiência enfrentando e derrotando um câncer.
Assuntos que visitaram a primeira capa da revista, em 1983, retornam aqui, espelhando quanto a ciência e a medicina evoluem e, entre recuos e progressos, nos ajudam a lapidar melhores caminhos para uma vida sadia e feliz.
Se lá atrás falávamos “de como escapar da aids”, uma doença em irrupção à época, e como evitar problemas sérios com vitaminas, agora retratamos os avanços incontestes no tratamento do HIV — que impedem a transmissão viral e o quadro de deficiência imunológica que caracteriza a aids — e os riscos de se entupir de suplementos vitamínicos.
A vida é assim: o conhecimento é dinâmico, recomendações são atualizadas, ameaças vão embora, outras surgem… Até pandemias! Em todo esse tempo, mesmo diante dos contra-ataques e desserviços das fake news, sedimentou-se a noção de que informação confiável e baseada em estudos éticos e criteriosos é ingrediente crucial para aprender a cuidar melhor de si e dos outros.
E não é à toa que, para uma edição desse quilate, faria todo o sentido alçar à capa os benefícios da atividade que o leitor e a leitora estão exercendo neste instante, a leitura. Num mundo dominado por telas, mensagens de WhatsApp, vídeos virais e feeds viciantes de redes sociais, ler se tornou ainda mais desafiador.
Mas o esforço de se desconectar e de se concentrar em um livro ou revista compensa demais, como prova a reportagem do jornalista André Bernardo. De frase em frase, nos tornamos seres humanos mais sábios, criativos, empáticos, equilibrados, melhores. Essa ideia está inscrita em nosso DNA, e desde a edição nº 1.