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Varizes não devem ser só uma preocupação estética

A aparência das pernas não é a única complicação desse problema. Conheça o verdadeiro impacto das varizes não tratadas - e o que fazer para evitá-los

Por Thaís Manarini
Atualizado em 8 nov 2019, 11h08 - Publicado em 5 ago 2016, 12h23
varizes
As meias de compressão são uma opção para ajudar a conter as varizes. (Ilustração: Marcelo Garcia/SAÚDE é Vital)
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Se você está descontente com o aparecimento de veias tortuosas e dilatadas nas pernas, as famosas varizes, saiba: a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) iniciou uma campanha para esclarecer que o tratamento contra o problema deve ser realizado justamente por um especialista em angiologia e/ou cirurgia vascular. Ou seja, apesar de as varizes incomodarem principalmente por questões estéticas, é um médico especialista que deve ser procurado.

Segundo a entidade, além de diagnosticar corretamente o quadro, esses profissionais são os mais aptos a escolher o caminho terapêutico adequado para cada paciente – em alguns casos, há necessidade de cirurgia. Para ter ideia, se a escleroterapia (uma das opções de tratamento) não for realizada por um expert no tema, há risco de complicações, como feridas de difícil cicatrização, manchas escuras e até formação de coágulos nos vasos.

A origem das marcas

Tudo começa com um afrouxamento nas válvulas que existem no interior das veias. Elas não fecham completamente, permitindo que a pressão do sangue seja transmitida a outras veias, formando aquele caminho tortuoso e dilatado. “Quando à causa, a mais aceita é que existe um fator familiar e hereditário que leva à fraqueza da parede do vaso”, conta Roberto Sacilotto, diretor científico da SBACV.

E aí há fatores que desencadeiam de vez a formação das varizes. Nas mulheres – grupo que mais sofre com a encrenca – os hormônios influenciam bastante, já que eles deixam as paredes das veias mais flexíveis, aumentando o risco de dilatação. Mas o estilo de vida também faz diferença. “O tipo de trabalho interfere. Profissões que exigem que a pessoa permaneça várias horas em pé ou que carregue pesos e exerçam força podem contribuir para o aparecimento de varizes”, exemplifica o médico.

A principal queixa de quem vai ao consultório, especialmente quando é do sexo feminino, tem a ver com a aparência da perna. Mas Sacilotto comenta que não raro as pessoas procuram o angiologista ou cirurgião vascular com queixas de dores nos membros inferiores. “Na fase avançada da doença, os pacientes podem apresentar complicações como úlceras varicosas ou flebites, que são inflamações das veias provocadas pela formação de coágulos de sangue”, acrescenta. Por isso, não dá para encarar essas marcas apenas como incômodos estéticos, não. Elas devem ser tratadas.

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Mas como é o tratamento?

“As meias elásticas podem aliviar os sintomas, assim como as medicações. Porém, elas não previnem o aparecimento das varizes”, adianta Sacilotto. Já a escleroterapia, uma das abordagens mais conhecidas, melhora a parte estética e pode amenizar as queixas de dores. “Ela é caracterizada pela injeção de líquidos no interior dos vasos, causando uma irritação local e seu fechamento”, explica o expert da SBACV. Quando a escolha é pelo laser transdérmico, outra maneira de dar fim às varizes, uma luz pulsada cauteriza os vasos. “Mas ele não apresenta resultados superiores ao da escleroterapia química com líquidos, e seu custo é elevado”, avalia Sacilotto.

Atualmente, muito se fala sobre a espuma densa, indicada para quem tem vasos maiores varicosos (então, não é a melhor solução para os vasinhos). De acordo com o médico, trata-se de uma técnica alternativa e indicada em casos selecionados. Tem ainda a cirurgia, considerada efetiva e de resultados estéticos excelentes. “Existem métodos auxiliares, como a realização do tratamento da veia safena com laser ou radiofrequência, que tornam o pós-operatório menos doloroso”. Como se vê, opções para exterminar essas veias chatinhas não faltam. Mas tem que procurar o profissional certo.

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