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Vaginose bacteriana: doença traz riscos à saúde da mulher

Corrimentos com cheiro desagradável são um sintoma dessa condição que pode prejudicar a função reprodutiva

Por Luana Pazutti
4 out 2024, 17h30
vaginose-bacteriana
Proliferação de bactérias indesejadas leva ao problema, associado a corrimento e odores desagradáveis na região íntima (Freepik/Freepik)
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Mais frequente em mulheres com idades entre 15 e 44 anos, a vaginose bacteriana ocorre quando há um desequilíbrio na composição do microbioma vaginal. A doença é bastante comum e geralmente surge com o crescimento excessivo de bactérias no órgão reprodutivo.

Responsável por causar corrimentos com odor desagradável, que parecem até ter cheiro de peixe, ela pode favorecer partos prematuros e problemas de fertilidade, se não for tratada adequadamente.

+Leia também: Corrimento vaginal: quais as principais causas e como tratar?

Quais são os sintomas de vaginose bacteriana?

Embora possa ser assintomática, a doença costuma desencadear uma secreção vaginal de coloração branca, acinzentada ou esverdeada. Esse corrimento é acompanhado por um odor semelhante ao de peixe podre, que se intensifica após as relações sexuais e durante o período menstrual.

Coceira, vermelhidão e inchaço não são comuns, mas podem acontecer. Em alguns casos, a doença também provoca uma sensação de queimação ao urinar.

O que causa a vaginose bacteriana?

A vagina naturalmente abriga um microbioma composto por diferentes bactérias. Entre elas, estão os lactobacilos, que ajudam a manter a sua acidez normal. A vaginose, por sua vez, ocorre quando há uma diminuição desses microrganismos protetores e uma multiplicação de outros micróbios anaeróbicos.

Apesar de não ser sexualmente transmissível, ela pode, portanto, ser favorecida por práticas que alterem a química natural do órgão, como duchas vaginais e relações sem preservativo.

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Como identificar a doença?

Quando há corrimento vaginal incomum, intenso ou prolongado, é essencial consultar um ginecologista para confirmar o diagnóstico. Além de investigar o histórico do paciente, o médico realiza um exame pélvico para mapear possíveis infecções.

Também é coletada uma amostra de secreção, que será testada para verificar a presença de bactérias e analisar tanto o odor quanto o pH da secreção vaginal.

Vaginose tem tratamento?

A doença costuma ser tratada por meio de antibióticos, como metronidazol e clindamicina. Na maioria das vezes, esses medicamentos vêm na forma de creme ou gel e são administrados por via vaginal.

O metronidazol por via oral também é uma opção, especialmente para mulheres que não estão grávidas. Para gestantes, as melhores alternativas são aquelas de uso tópico. Em alguns casos, uma dose de secnidazol também resolve.

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De qualquer forma, é importante seguir à risca as prescrições para evitar o reaparecimento da vaginose bacteriana. Outro ponto de atenção diz respeito aos parceiros sexuais. Embora geralmente não necessitem de tratamento, eles devem se atentar aos sintomas, ainda mais, em relacionamentos homossexuais.

Afinal, se não for tratada, a condição pode favorecer partos prematuros e abortos espontâneos, causar problemas de fertilidade e aumentar os riscos de contrair doenças sexualmente transmissíveis.

Como prevenir a vaginose bacteriana?

Há alguns hábitos que podem colaborar para a prevenção da doença, entre eles:

  • Evitar duchas vaginais;
  • Optar por sabonetes neutros e glicerinados para higiene íntima;
  • Não utilizar perfumes na região genital;
  • Preferir roupas íntimas de algodão ou outros tecidos naturais, evitando peças sintéticas;
  • Utilizar preservativos durante as relações sexuais;
  • Consultar um ginecologista periodicamente;
  • Praticar o gerenciamento do estresse.
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