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Estudo confirma eficácia da vacina da dengue entre adolescentes brasileiros

Pesquisa aponta que imunizante teve eficácia superior a 60% em pleno pico da epidemia da doença em 2024

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 ago 2025, 18h20 - Publicado em 21 ago 2025, 18h00
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Vacina Qdenga é aplicada em adolescentes no Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, nesta semana, resultados de um estudo que revela como a vacina da dengue Qdenga, produzida pela Takeda e disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, é eficaz na proteção do público adolescente.

A pesquisa ocorreu durante a epidemia recorde da doença no país em 2024, que deixou um rastro de mais de 6 mil mortes, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde.

Participaram das análises experts da Fiocruz e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Para a análise, foram verificados mais de 92 mil exames de jovens na faixa etária em foco no estado de São Paulo.

+ Leia também: Por que é importante fazer exames em caso de suspeita de dengue?

O trabalho confirmou ainda que vacina é eficaz contra os sorotipos 1 e 2 do vírus, predominantes na epidemia do ano passado. Os achados foram publicados na revista científica The Lancet Infectious Diseases.

“Os resultados mostram que uma única dose já oferece 50% de proteção contra casos sintomáticos de dengue e 67,5% contra hospitalizações. A segunda dose aumentou a eficácia contra sintomas para 61,7%”, destaca o infectologista Júlio Croda, pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul e coordenador do estudo, em nota.

Segundo Croda, a vacina começa a fazer efeito oito dias após a aplicação da primeira dose: “Um dado crucial para uso emergencial em surtos”, enfatiza.

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+ Leia também: Dengue: o que você pode comer e beber se estiver com a doença

Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a vacina Qdenga pode ser aplicada na faixa etária de 4 a 60 anos.

No entanto, diante de uma dificuldade da própria farmacêutica em produzir doses em grandes quantidades, o Ministério da Saúde restringiu a aplicação a um público específico nesse primeiro momento.

Por isso, foram selecionados adolescentes de 10 a 14 anos, que vivem em localidades prioritárias, escolhidas de acordo com critérios epidemiológicos. Essa faixa etária é uma das mais suscetíveis a casos graves de dengue.

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Estudos de vida real mostram evidências científicas sobre como uma vacina funciona entre grandes populações (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
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Estudo de vida real

O desenvolvimento de uma vacina ou medicamento passa por diferentes etapas. Primeiro, testes em células isoladas, depois animais, humanos e, por fim, são realizadas pesquisas mesmo depois da aprovação por agências regulatórias.

Os chamados estudos de vida real são realizados com a análise de dados coletados sobre a utilização de um imunizante ou fármaco na população comum, fora do contexto dos ensaios clínicos.

Isso significa que os resultados são mais robustos e também representam evidências científicas relevantes sobre como aquele produto funciona na prática nos diferentes perfis de pessoas para os quais ele foi desenhado inicialmente.

“Esses estudos são fundamentais porque permitem verificar se a proteção observada nos ensaios clínicos se mantém no uso cotidiano, além de medir o impacto direto na redução de casos, hospitalizações e óbitos. Assim, complementam as evidências científicas iniciais e oferecem maior segurança para a tomada de decisões em saúde pública”, afirma o médico infectologista Thiago Morbi, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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Para Morbi, o trabalho reforça a importância da vacinação contra a dengue em adolescentes, estratégia adotada pelo Ministério da Saúde no momento.

“Quanto à expansão do público-alvo, trata-se de uma decisão que depende da disponibilidade de doses, da segurança comprovada em outras faixas etárias e da análise epidemiológica em cada região”, conclui.

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