Criado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, um novo aparelho permite rastrear e encontrar mais de quatro centenas de agentes infecciosos típicos das regiões tropicais do planeta a partir de uma amostra de sangue. “Os métodos disponíveis hoje procuram por apenas um único vírus ou um número limitado deles”, explica o bioquímico Victor Hugo Aquino, idealizador da tecnologia.
Assim, se o causador de determinada doença for desconhecido, é necessário recorrer a vários testes até descobrir qual deles está por trás dos sintomas. A ideia é que o dispositivo, ainda em desenvolvimento, seja utilizado em grandes laboratórios de referência, como o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para monitorar os casos de enfermidades e evitar que epidemias se espalhem pelo país.
Como funciona
1. Análise
A novidade consiste numa lâmina de vidro com milhares de sondas que carregam informações de trechos do código genético de todos os 416 vírus contemplados. Uma amostra de sangue do paciente é colocada ali.
2. Descoberta
Se há um vírus no material, a sonda compatível com aquela espécie fica fluorescente. Um scanner detecta a alteração e dá o veredicto.
Alguns dos vírus que são flagrados
- Dengue tipos 1, 2, 3 e 4
- Chikungunya
- Zika
- Mayaro
- Guaroa
- Oropouche
- Rio Mamoré
- Bussuquara
- Cacipacore
- Iguapé
- Rocio
- Ilhéus
- Mucambo
- Saint Louis
- Oeste do Nilo
- Febre Amarela
- Piry
- Maraba
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