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SP teve maior número de acidentes com escorpião em 30 anos. Como evitar?

A quantidade de pessoas atendidas após uma picada de escorpião vem crescendo. Saiba como se prevenir e o que fazer em uma emergência

Por Paula Laboissière (Agência Brasil)
Atualizado em 20 jan 2020, 16h35 - Publicado em 11 mar 2019, 18h18
sintomas de picada de escorpião
Os acidentes com escorpiões têm preocupado os paulistas (Ilustração: Eber Evangelista/SAÚDE é Vital)
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O estado de São Paulo registrou, em 2018, o maior número de acidentes com escorpiões nos últimos 30 anos – um total de 30 707 casos, além de 13 mortes. Mais: dados do Centro de Vigilância Epidemiológica mostram que a curva de notificações mantém-se em ascensão desde 2012. Tanto que, nos primeiros dois meses de 2019, 4 025 episódios já haviam sido contabilizados, com dois óbitos.

Em janeiro, o Ministério da Saúde alertou que o período do verão, de dezembro a março, exige mais cuidado em relação aos acidentes com escorpiões, já que o clima úmido e quente é ideal para o aparecimento desse tipo de inseto, que se abriga em esgotos e entulhos.

De acordo com o governo, os escorpiões que habitam o meio urbano alimentam-se principalmente de baratas e são comuns também em locais próximos a áreas com acúmulo de lixo.

Como evitar picadas de escorpião

Para não deixar os escorpiões entrarem em casas e apartamentos, recomenda-se usar telas em ralos de chão, pias e tanques, vedar frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas. Outras medidas são afastar camas e berços das paredes e examinar roupas e calçados antes de usá-los.

Em áreas externas, as principais dicas são manter jardins e quintais livres de entulho, folhas secas e lixo doméstico. Também é importante colocar todo o lixo da residência em sacos plásticos bem fechados para evitar o aparecimento de baratas. Como dissemos, elas servem de alimento e, portanto, atraem os escorpiões.

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Além disso, apare o gramado com frequência. Também não se deve pôr a mão em buracos embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos.

É importante usar luvas e botas de raspas de couro durante atividades que representem risco, como manusear entulho e realizar trabalhos de jardinagem.

Nas áreas rurais, o Ministério da Saúde ainda alerta que é essencial preservar os chamados inimigos naturais dos escorpiões. Ou seja, respeite os lagartos, os sapos e as aves de hábitos noturnos, como a coruja.

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E atenção: não se recomenda o uso de produtos químicos (pesticidas) para o controle de escorpiões. Além de não terem eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que estes deixem seus esconderijos, aumentando a chance de acidentes.

O que fazer em caso de acidentes

A orientação é ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo. Se possível e se for seguro, leve o inseto ou uma foto para identificação da espécie. Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.

O ministério alerta que nem todo acidente com escorpião exige a aplicação de soro. Os casos leves, que não necessitam desse tratamento, representam cerca de 87% do total. O soro é indicado em quadros moderados ou graves.

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Este conteúdo foi publicado originalmente pela Agência Brasil.

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